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Grande evento celebra a beatificação de Irmã Dulce na Bahia

Domingo, 22 de maio de 2011


São esperadas 70 mil pessoas no Parque de Exposições de Salvador, entre elas a presidenta Dilma

iG São Paulo

 

Um grande evento que deve contar com mais de 70 mil pessoas, ter apresentações artísticas e a presença da presidenta Dilma Rousseff (PT) marca neste domingo, em Salvador, a cerimônia de beatificação da religiosa baiana Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce (1914-1992), que passa a ser conhecida como Bem-Aventurada Dulce dos Pobres.

Nascida em 26 de maio de 1914 em Salvador e batizada como Maria Rita Lopes Pontes, a religiosa, da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, pode se transformar na primeira santa nascida no Brasil, o país com o maior número de católicos do mundo.

 

Foto: AE

Fiéis colocam fotos, santinhos e fitas ao redor do jazido da Irmã Dulce

A cerimônia será no Parque de Exposições de Salvador e presidida pelo arcebispo da cidade e cardeal primaz do Brasil, Murilo Krieger, em um ato no qual participarão as autoridades civis e religiosas, e 70 mil fiéis, pelos cálculos dos organizadores.

Segundo o cardeal, a beatificação da Irmã Dulce recai sobre uma pessoa "frágil, pequena e delicada", que "conseguiu ajudar sempre" os doentes que cuidava. Irmã Dulce entregou sua vida ao serviço dos necessitados e desenvolveu uma obra social na Bahia, onde fundou hospitais de caridade e uma rede de apoio social que dirigiu até sua morte, em 13 de março de 1992, aos 77 anos.

Por sua obra, em 1988 foi candidata ao Prêmio Nobel da Paz e, em outubro de 1991, cinco meses antes de sua morte, recebeu em seu leito a visita do também beato papa João Paulo 2º, durante a segunda visita do pontífice ao Brasil. "Durante muito tempo pensava-se que a santidade era algo que só ocorria na Europa", ressaltou Krieger, quem em 2002 participou da canonização da freira italiana Amabile Visintainer (1865-1942), que passou a ser chamada Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus.

O processo de beatificação da Irmã Dulce começou em 1999 e quatro anos depois, em 2003, dez médicos brasileiros e três italianos certificaram o "caso extraordinário de um padre", milagre que foi reconhecido por unanimidade pela Congregação para as Causas dos Santos. O milagre ocorreu em janeiro de 2001 quando Claudia Santos de Araújo, do vizinho Estado de Sergipe e devota a Irmã Dulce, sofreu uma grave hemorragia durante o parto e ficou em estado de coma. A gravidade da situação era tanta que os médicos deram a ela poucas horas de vida. Um sacerdote amigo dela que sabia da sua fé em Irmã Dulce orou pedindo por sua saúde e em questão de horas a parturiente estava plenamente recuperada. Dois dias depois, ela recebeu alta do hospital com seu bebê, sem que os médicos tenham conseguido explicar o que havia ocorrido.

Foto: Divulgação/Obras Sociais Irmã Dulce

Fachada de hospital mantido pelas Obras Sociais Irmã Dulce

A Irmã Dulce foi declarada venerável pelo Vaticano em 2009 e no ano passado, quando seu corpo foi exumado e transferido à catedral de Salvador, estava intacto, mumificado naturalmente, o que foi interpretado pela igreja como um sinal de santidade da freira.

Nesta semana, o iG publicou que as unidades de saúde criadas pela religiosa em Salvador enfrentam atraso no repasse de recursos pela prefeitura da capital baiana. A dívida chega a R$ 8,5 milhões.

As Osid (Obras Sociais Irmã Dulce) têm origem em 1949, quando irmã Dulce abrigou 70 doentes em um galinheiro de um convento. Hoje incluem um complexo hospitalar que realiza cerca de 100 mil procedimentos por mês, entre consultas, exames e cirurgias. Criadora das Osid, irmã Dulce será beatificada em cerimônia neste domingo (22) em Salvador. A beatificação é uma das etapas do processo de canonização da religiosa, iniciado em 2000. O próximo passo, caso o Vaticano reconheça um segundo milagre da religiosa, é canonizá-la. Então ela passará a ser considerada santa pela Igreja Católica.

 

 Em convênio com a prefeitura, a instituição criada pela religiosa também administra dois postos municipais de saúde da capital baiana, responsáveis pelo atendimento de 33 mil pessoas por mês, o que equivale a 22% do atendimento das unidades de saúde da cidade.

Segundo as Osid, a Prefeitura de Salvador está “retendo sistematicamente” recursos que deveriam ser repassados automaticamente à instituição pelo Ministério da Saúde. O contrato prevê repasse mensal de R$ 6,7 milhões como contrapartida aos atendimentos realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) nos 14 núcleos de saúde do chamado Complexo Roma, em Salvador.

“A gente se vê obrigado a tomar dinheiro emprestado nos bancos, e não recuperaremos esses recursos nunca por causa dos juros”, afirmou ao iG o superintendente adjunto das Osid, José Eduardo Acedo.

De acordo com Acedo, o repasse do Ministério da Saúde referente a março, que deveria ter sido pago em abril, só foi encaminhado na semana passada, e com um corte de R$ 1,1 milhão. O pagamento de março pela administração de um dos postos de saúde, no valor de R$ 619 mil, também está atrasado, disse. Somados à parcela federal de abril, os valores em atraso chegam a R$ 8,5 milhões.

Outro lado

A Secretaria da Saúde de Salvador afirma que os atrasos são resultado de um déficit financeiro causado pela transferência insuficiente de recursos pelo governo federal para a cobertura do SUS. De acordo com a secretaria, o Ministério da Saúde repassa à prefeitura cerca de R$ 24 milhões, e o município gasta R$ 30 milhões com o bloco de média e alta complexidade, que inclui os hospitais filantrópicos.

 

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Fiéis já procuram ingresso para beatificação de irmã Dulce

A secretaria informou ainda ter repassado R$ 37 milhões às Osid em 2011, e que o corte de R$ 1,1 milhão na última transferência não é retenção, mas resultado das “dificuldades financeiras”. Um estudo recente conjunto com a Saúde estadual, segundo a pasta, reconheceu o subfinanciamento da saúde em Salvador e será levado ao Ministério da Saúde.

“Enquanto não houver o realinhamento do teto da saúde na capital, a situação do subfinanciamento persistirá. Por conta disso, a Secretaria da Saúde pede a compreensão dos parceiros prestadores de serviço, esclarecendo que todos os esforços já estão sendo empenhados para reverter o cenário”, afirmou a pasta, em nota.

No mês passado, como medida anunciada para enfrentar o problema do subfinanciamento, a Prefeitura de Salvador propôs redução temporária de 25% no teto financeiro das clínicas conveniadas que prestam atendimento ao SUS na cidade.

A Prefeitura de Salvador enfrenta ainda uma crise financeira. Fechou as contas dos dois últimos anos no vermelho, possui dívida de cerca de R$ 130 milhões com o INSS e está inscrita no cadastro da União de municípios impedidos de receber empréstimos federais.

Com informações de Thiago Guimarães, iG Bahia e AE



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