Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
15/05/11 Dom: At 2,14a.36-41 - Sl 22 - 1Pd 2,20b-25
EVANGELHO: Disse Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo, quem não entra no redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para fora. E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas não seguem um estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.". Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele queria dizer. Então Jesus continuou: "Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das ovelhas. Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância" (Jo 10,1-10).
No Antigo Testamento, eram chamados 'pastores' os dirigentes do povo: Moisés, Josué, Davi. Duramente criticados pelos profetas, os maus 'pastores' são chamados de lobos. As promessas dos profetas mantêm viva a esperança de verdadeiros pastores. Aliás, espera-se que Deus mesmo reúna Israel e o leve às fontes da vida (Jr 23,1-6; Zc 11,4-17; Ez 34,1ss.; Sl 23). No Evangelho, de hoje, Jesus se apresenta como o Filho que conhece o amor do Pai e tem o seu mesmo propósito: dar vida e liberdade aos irmãos. Por isso, ele se apresenta como o pastor 'belo' e verdadeiro. Em grego, aparece o adjetivo 'belo' (kalós) e não 'bom' (agathós). Contrapõe-se aos pastores feios e falsos, dos quais somos geralmente vitimas. Seguindo Jesus, o 'belo pastor', podemos tornar-nos o que somos: filhos do Pai e irmãos entre nós. Jesus, na verdade, propõe uma outra cultura: no lugar de uma cultura de competitividade, rivalidade e violência, uma cultura de fraternidade, solidariedade e amor. A primeira é uma realidade; a segunda, o sonho que devemos construir. Jesus é o pastor 'belo' que quer nos libertar da fúria da 'violência' que domina as nossas relações pessoais, sociais, econômicas, políticas, onde o mais forte de turno, apelando à violência sutil ou bruta, vence e substitui o mais forte do turno anterior. O pastor Jesus, modelo, porque imagem do Pai, é o único que pode nos levar a um novo tipo de vida. Ele, como os carneiros de Enoc (164 a.C.), curados pelo pastor, enxerga e, portanto, está em condições de conduzir o rebanho. É preciso 'ver' para não se machucar... ou para se machucar menos. A palavra de Jesus é, neste sentido, uma polêmica com os chefes do povo, que o ex-cego não quer mais seguir (Jo 9). Faz ver a diferença entre o seu modo de agir e o deles. Jesus liberta, devolve a vista, dá nova visão, dá luz e vida, enquanto eles só oprimem, depredam e escravizam.
16/05/11 - Seg: At 11,1-8 - Sl 41 - Jo 10,11-18
17/05/11 - Ter: At 11,19-26 - Sl 86 - Jo 10,22-30
18/05/11 - Qua: At 12,24-13,5a - Sl 66 - Jo 12,44-50
19/05/11 - Qui: At 13,13-25 - Sl 88 - Jo 13,16-20
20/05/11 - Sex: At 13,26-33 - Sl 2 - Jo 14,1-6
21/05/11 - Sáb: At 13,44-52 - Sl 97 - Jo 14,7-14
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