Embora a profundidade da água seja de 4 mil metros na região, o professor George Sand França, do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), descarta o risco de tsunami por causa das características da área onde ocorreu o abalo e da magnitude do terremoto.
Segundo ele, um tsunami só pode ser provocado por abalos acima de 7 graus na Escala Richter e em falhas geológicas, quando duas placas tectônicas se encontram e uma é empurrada para baixo da outra.
“No meio do Oceano Atlântico ocorre exatamente o contrário. As placas do continente americano e da África estão se separando. Então, as chances de tsunami são remotas” explicou.
De acordo com França, a região do abalo é marcada por dois tipos de movimentos sismológicos: a separação dos continentes e o deslocamento paralelo das placas.
“O terremoto de hoje foi provocado por esse movimento paralelo. É como se uma placa tivesse raspado na outra, sem consequências mais sérias”.