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"O reajuste já deixou de ser o carro-chefe"

Segunda, 16 de maio de 2011

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Bento do Sul e Campo Alegre, em seu segundo mandato - que vai até 2012 -, fala sobre a principal reivindicação da entidade: o Plano de Cargos e Salários são-bentense, apresentado ao prefeito Magno Bollmann e ao seu secretariado na segunda-feira passada. Sexta, uma nova reunião será realizada, para discutir não só o Plano, mas também o reajuste do funcionalismo. O sindicato pede 11% de aumento, para repor a inflação do período e as perdas existentes há anos. A presidente também destaca outros temas na entrevista que segue.

 

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"São Bento tem um dos pisos mais baixos em algumas categorias bem importantes, desde o trabalhador braçal até o pessoal de nível superior, com exceção dos odontólogos, dos engenheiros e dos médicos. É um dos pisos mais baixos, porque não se tem carreira" (Foto Elvis Lozeiko/Evolução)
 

EVOLUÇÃO - Encontramo-nos na sede do Sindicato dos Servidores Públicos, com a presidente Adriana Bombassaro Zanella, que vai contar aos nossos leitores, inicialmente, qual é a estrutura do sindicato e quais são os principais serviços oferecidos aos servidores.  

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Primeiramente, obrigado pela oportunidade. Estamos com uma estrutura já de dezenove anos de sindicato, de prestação de serviços aos sócios e para os não sócios também. Atualmente, temos em torno de mil e seiscentos sócios. Temos um Jurídico forte, com escritório em Joinville - e diariamente o doutor Osni (Suominsky) também atende aqui. Temos doze clínicas odontológicas conveniadas, também supermercados, lojas, academias de ginástica, farmácias... Queremos deixar claro que os descontos, porém, são promocionais para os servidores, no ato da compra. Com isso, queremos evitar o endividamento dos servidores através do desconto em folha. Existem descontos quando relacionados a tratamentos odontológicos - e em papelarias no início e na metade do ano, para o material escolar. Nas questões jurídicas que não são de origem trabalhista, em que a pessoa não tem condições de pagar à vista, fazemos o parcelamento, ou seja, quando forem questões como pensões alimentícias, inventários, etc. Também tem toda a questão de conversar com os servidores, fazendo orientações, etc, sempre vendo "os dois lados da moeda". Temos que ver o que está causando o problema, tentando ajudar a resolvê-lo. Aqui o sindicato luta há vários não só pelo reajuste (salarial), porque o reajuste já deixou de ser o carro-chefe. Não adianta ter reajuste em cima de um piso baixo. Todos os municípios da nossa região já possuem o vale-alimentação há alguns anos. O nosso Plano de Saúde é através da Unimed. Estamos tentando encontrar uma solução para aumentar o número de pessoas beneficiadas. O nosso foco principal, porém, é realmente o Plano de Cargos e Salários, que São Bento não tem. São Bento tem um dos pisos mais baixos em algumas categorias bem importantes, desde o trabalhador braçal até o pessoal de nível superior, com exceção dos odontólogos, dos engenheiros e dos médicos. É um dos pisos mais baixos, porque não se tem carreira. A pessoa fica com aquele mesmo salário. Eu mesma tenho vinte e cinco anos de prefeitura e não tenho carreira. Eu tenho uma carreira, claro, mas é paralela, porque é no sindicalismo.

 

EVOLUÇÃO - Adriana, se você nos permite um parêntese, porque já vamos retomar o assunto do Plano de Cargos e Salários. Você já tem alguns anos de luta sindical. Gostaríamos que você fizesse um paralelo em relação à maneira como os sindicatos eram vistos antes e como são vistos hoje, porque principalmente na iniciativa privada - e não sabemos se no setor governamental é assim - os sindicatos eram vistos como o "demônio".

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Os sindicatos eram muito bagunceiros, muito anarquistas. O sindicalismo, de modo geral, fazia muito barulho para aparecer e para chamar a atenção, porque as negociações também eram diferentes. Hoje em dia, os sindicalistas precisam se atualizar, precisam estar por dentro da economia, precisam conhecer as pessoas, precisam fazer com que a comunidade conheça os sindicatos, porque os sindicatos não estão nem contra a sociedade e nem contra o empregador. Os sindicatos são um meio para se buscar uma solução, para que uma empresa seja viável, para que uma Administração Pública continue fazendo obras também. Não é um trabalho de "peleguismo", porque antigamente, se os sindicalistas conversassem muito com os patrões, tinha aquela impressão - e ainda existem algumas situações assim - de que os sindicalistas eram "pelegos", ou seja, "puxa-sacos", "vendidos" ou alguém que iria fazer alguma negociata. Não é o que nós aplicamos! De uns anos para cá, o sindicato se estruturou com gente com mais conhecimento, com uma equipe técnica. Eu não sou advogada - de formação, sou nutricionista -, mas preciso de uma equipe que me dê suporte. Não preciso entender, mas preciso de gente que entenda e que me faça entender. O Sindicato dos Servidores até usou um pouco de politicagem barata antigamente para conseguir "outras coisas". Estou há muitos anos na diretoria. Vou ser bem sincera: durante um tempo até fui meio "laranja" nessa história, porque não me era dado o poder de entender como trabalhar, porque existem várias maneiras de se trabalhar com um sindicato. O sindicato tem que funcionar como uma empresa, com suporte técnico e com capacidade de negociação.

 

EVOLUÇÃO - Com o passar do tempo, os funcionários têm melhorado o entendimento em relação à importância do sindicato?

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Tem, porque eles vêm tratar de outros assuntos, e não só de reajuste. Eles vêm pensando no futuro: "Que curso eu vou fazer?", "Você acha que eu devo fazer essa pós-graduação?", "Você acha que devo tomar essa atitude?". Eles já trazem problemas do cotidiano. Tem aqueles que querem crescer e querem mudar, mas tem os acomodados que não querem nem saber. Não temos solução para todos os problemas, claro, mas quando não é da nossa alçada acabamos encaminhando a quem pode ajudar. Por exemplo, alguém vem aqui e diz: "Estou precisando de uma cesta básica". O sindicato não distribui cesta básica, porque seria injusto, pois priorizamos a coletividade dentro do serviço público. Não poderíamos ajudar a um ou outro individualmente. Sempre se procura fazer algo para beneficiar a todos. Esse é o pensamento da diretoria. Há lugares onde, quando entra alguém do sindicato, nos olham como se fôssemos "uns leprosos". Por quê? Porque pensam que somos "pés de encrenca". Até somos - se precisar! Eu sou contra a utilização de outros meios que não a conversa, os argumentos concretos, as situações reais, as leis. Nas discussões, sempre procuramos envolver os vereadores, porque os projetos que vão à Câmara dependem do entendimento deles. Os vereadores, por exemplo, não podem fazer leis que envolvam questões financeiras. Porém, eles têm meios de nos ajudar a pressionar no sentido de cobrar, pois uma das suas tarefas é fiscalizar a Administração Pública. Eu sou tranquila em relação à questão sindical, até porque sou apaixonada pelo assunto. Claro, tenho muita coisa para aprender - e quem está me ensinando é o servidor.

 

EVOLUÇÃO - Voltando ao Plano de Cargos e Salários. Há vários anos tem-se discutido o assunto em São Bento. Em que pé está essa situação?

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Como se diz no sentido lato, ele saiu do forno. Existia um quadro com os níveis salariais, com as categorias, mas isso nunca tinha saído do papel. O que era feito desde 1998, quando houve a criação dos quadros: quando uma categoria estava muito aborrecida com o salário e começava a incomodar muito a Administração, o governo a trocava de nível. Por lei, até é possível fazer, mas ética e moralmente é o fim, porque se resolve a situação com alguns e cria-se um problema com outros. Somos contra a continuação disso, porque não queremos ter em mãos uma colcha de retalhos, e sim com um Plano de Carreira. Foram vistas as condições da Lei de Responsabilidade Fiscal, foi pesquisado o mercado de trabalho, inclusive o piso de outros municípios - os menores, os de menos porte e os maiores. Fazendo uma breve simulação da folha de pagamento, vimos que não estaríamos prejudicando a Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, não seria atingido aquele limite de 54% do orçamento com a folha. Com o Plano de Carreira, poderiam ser feitas progressões, mudanças, ampliações futuramente, para que o servidor realmente se sinta motivado e um trabalhador respeitado, porque ele também tem família para sustentar, também merece educação e lazer, plano de saúde e aposentadoria digna. Hoje em dia é bem complicado quando o servidor se aposenta. Aliás, eu nem gosto do termo "servidor"...

 

EVOLUÇÃO - Por quê?

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Porque parece que tem que servir - parecendo um escravo. Até poderia ser feita uma comparação - e até é meio desagradável: a Administração é a Casa Grande e o servidor é o escravo. Acho que deve haver uma visão de respeito acima de tudo.

 

EVOLUÇÃO - O que foi que aconteceu em relação a esse tema ainda no governo Fernando Mallon (PMDB)? Inclusive a imprensa foi chamada na ocasião para registrar que estaria sendo criado o Plano de Cargos e Salários. Não foi isso que aconteceu?

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Não foi nada disso. Em estatuto, estava previsto que haveria uma avaliação de desempenho, que o servidor poderia ter uma progressão de 3% ao ano, mas não havia uma legislação com as regras.

 

EVOLUÇÃO - Mas isso surgiu no governo passado? Ou já vem de 1998, quando foi criado o embrião do Plano de Cargos?

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Foi criado em 1998. Em 2004, na saída do (então) prefeito Silvio Dreveck (PP), ele a deixou regulamentada. Foi um Projeto de Lei para a Câmara (de Vereadores) mostrando as regras para essa avaliação. A partir do mandato de Fernando Mallon, em 2005, começaram a ser feitas as avaliações. Desde então, já tivemos 3% de incremento no piso salarial, passando todos da letra A para a letra B (no quadro salarial). Agora em 2011 acontecerá a segunda avaliação. Porém, as avaliações não acontecem para todos os servidores, porque cada um fecha três anos em um período diferente.

 

EVOLUÇÃO - E agora, com o governo Magno Bollmann, como está a questão?

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Tivemos a primeira reunião, que já é a discussão da reposição salarial, agora na segunda-feira (dia 9). O Plano de Cargos foi apresentado ao prefeito e aos secretários. Foram discutidas algumas formas de como vamos começar a implementá-lo. Agora, na sexta-feira (hoje, dia 13), vamos ter outra reunião. Durante esta semana a prefeitura pode estudar o Plano de Cargos, fazendo uma simulação na folha bastante criteriosa. Não será possível fazer toda a implementação do Plano de Cargos neste ano, porque é bastante gente, tem a mudança dos pisos salariais, tem o enquadramento e o reenquadramento em relação ao tempo de serviço. Esse é o chamado crescimento horizontal. No crescimento vertical, que seria feito através dos cursos técnicos, dos cursos de graduação e pós-graduação, dos cursos de mestrado e também de doutorado. O Plano de Cargos prevê que esse crescimento vertical só pode ser contado após trezentos e sessenta e cinco dias da sua implementação, porque a prefeitura terá que se adequar gradativamente ao Plano, tanto financeiramente como tecnicamente. Existirão algumas questões de ordens técnicas, práticas. O que esperamos é que comece a ser implanta uma boa parte do Plano neste ano e que esteja prevista a continuidade em 2012, que é um ano eleitoral.

 

EVOLUÇÃO - E aí vêm as mazelas da lei...

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Tem coisas que só podem ser feitas até determinado período do ano. Não pode ser dado nada de novo. Por exemplo: vamos criar um Plano de Saúde ano que vem? Não pode. Tem que ser algo já previsto, já acontecendo.

 

EVOLUÇÃO - Dando-se continuidade à implantação do Plano de Cargos e Salários, de acordo com as normas legais, no ano que vem ele já estaria completo? Ou é algo que vai levar mais tempo para ser concluído?

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Estaria completo na sua estrutura, na forma como vai acontecer dali para frente. Na prática, ao longo do tempo, deverão ser feitas adequações. Também tem a questão da receita do Município, o comprometimento da folha, etc. No serviço público é complicado, porque cada vez que é inaugurada uma creche ou um posto de saúde, é necessário pessoal para trabalhar - e nem sempre a receita acompanha isso. De tempos em tempos, deverá ser feita uma modernização do Plano. O governo também não é para sempre, então teremos que estar com os pés no presente mas com os olhos no futuro.

 

EVOLUÇÃO - O próprio servidor - ou o trabalhador público - também terá que mudar algumas atitudes, certo? Ou seja, não é só por parte da prefeitura...

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Com certeza. O servidor terá que conhecer até o próprio sistema de avaliação, que não pode ser usado em hipótese alguma como castigo. O Plano tem que dar oportunidade para o servidor melhorar. O serviço público tem várias categorias, das margaridas aos professores, dos recreadores das creches aos médicos, do pessoal que trabalha duro nas ruas pela Secretaria de Obras ao pessoal do Samae, dos engenheiros ao próprio prefeito. São várias profissões - e cada uma tem a sua peculiaridade. O que falta, principalmente, é sabermos direcionar o servidor, para que ele saiba o que tem que fazer.

 

EVOLUÇÃO - No serviço público, existem os funcionários de carreira e os cargos políticos. Como é para o sindicato trabalhar com isso?

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Não há uma rivalidade. Mas o sindicato, é óbvio, tem uma preferência pelo servidor de carreira. É inevitável, pois alguns (cargos políticos) sempre vão existir. Que eles respeitem o servidor, que conheçam o trabalho do servidor. Não é justo que alguém vindo da iniciativa privada diga que o servidor é "vagabundo". Para começo de história, essa pessoa já vem com um salário superior ao daquele que ele vem chefiar. Às vezes o servidor já está anos no serviço público, mas é mal remunerado e é mal orientado. Quem vem de fora deveria se preparar antes de vir - e botar os pés pelas mãos. O servidor vem aqui na entidade praticamente sempre, para pegar autorização para dentista, para tirar dúvidas, para verificar sua aposentadoria. Então, são vários assuntos. Quem vem da iniciativa privada procura o sindicato quando a sua situação está insustentável ou depois que levou, literalmente, um pé no traseiro.

 

EVOLUÇÃO - Mas o Plano de Cargos e Salários não atingirá a todos?

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Não. Somente os de carreira. Quem vem da iniciativa privada é temporário, pois vem hoje e de repente amanhã não dá certo. Não estou dizendo que essa pessoa não venha para somar - o que nós esperamos é que some, mas não é aquela pessoa que vai dar o sangue, que vai ficar vários anos no serviço público. Na verdade, essa pessoa acaba ficando uma ou duas gestões. Então, acaba passando sem ter muita responsabilidade com o serviço público, principalmente porque está sempre atrelada a um partido político.

 

EVOLUÇÃO - Falando em termos de reposição salarial, com qual percentual o sindicato chegou à mesa da comissão que foi montada para discutir o assunto?

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - O sindicato chegou com 11%. Os dois municípios da região - Campo Alegre e Rio Negrinho - não têm perdas passadas. Ou seja, ao longo dos anos, isso foi zerado. Quando eles pedem um pouco acima da inflação, o que eles conseguirem é ganho real do salário. São Bento do Sul ainda não conseguiu zerar essa perda. O que sempre pedimos são as perdas passadas e a inflação do período. Dessa vez, arredondamos para 11% até porque é um número significativo e interessante no momento atual. Quando conseguimos ganhar alguma coisinha a mais do que a inflação, essas perdas vão se reduzindo. Vamos ver até quanto conseguimos chegar neste ano. O objetivo principal deste ano, entretanto, realmente é o Plano de Cargos e Salários.

 

EVOLUÇÃO - Quando será batido o martelo em relação à reposição?

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Não sei dizer, porque uma reunião depende da outra.

 

EVOLUÇÃO - Mas existe um prazo legal?

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - É no mês de maio. Se não conseguirmos fazer este mês, não precisamos nos preocupar, porque terá que ser feito retroativamente a maio, recebendo em junho. O que não queremos é bater o martelo rapidamente para nos livrarmos do assunto. Fizemos nossa Assembleia Geral no dia 27 de março - a Câmara de Vereadores estava lotada de servidores. O pessoal foi bem participante, apresentou suas ideias. O que foi decidido em assembleia está sendo levado à mesa de negociação. A assembleia é soberana. O sindicato é um intermediador das negociações.

 

EVOLUÇÃO - Como presidente do Sindicato dos Servidores, você se sente à vontade para fazer uma avaliação do governo Magno Bollmann? Ou não deveríamos lhe fazer esta pergunta?

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - O que posso dizer é que sempre fomos bem recebidos pelo governo. Se não fizeram tudo que queríamos, eles também não fizeram olhando apenas o lado deles. Os secretários vêm conversar conosco no sindicato, o que não acontecia anteriormente. O sindicato não é um bicho-de-sete-cabeças; é uma entidade que trabalha pelo bem do servidor e da comunidade também. Sinto-me muito à vontade para dizer que o sindicato está sendo cada vez mais respeitado. Essa Administração o respeita e confia em nosso trabalho. O servidor contente é um eleitor também - embora às vezes não seja considerado. O servidor tem família, tem amigos e também é um formador de opinião pública. Se ele estiver contente com o seu trabalho - como ele é o cartão de visitas da Administração -, ele vai ajudar para que a comunidade também sinta que a Administração vai bem. É um trabalho de formiguinha, do dia a dia, da prestação de serviços. Claro que a Administração tem que fazer mais! Contudo, a comunidade também não pode só esperar. Tem que participar das reuniões da Câmara, tem que opinar e conversar com o pessoal da prefeitura, quando o prefeito vai aos bairros.

 

EVOLUÇÃO - Das audiências públicas, reuniões de comissões...

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - De Associações de Moradores também! As pessoas devem criticar, mas também ajudar a encontrar soluções. A Administração tem que participar e tem que ouvir a comunidade. É importante sentar e conversar - de preferência, olho no olho.

 

EVOLUÇÃO - Como diria o ex-presidente Lula, no "tetê-à-tête".

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - É isso aí! Independentemente do partido político! Estamos aí para mudar a história, para melhorar o mundo - e isso não é demagogia e não é utopia. O ser humano se preocupa muito com a aparência física. O que é isso, gente? Vamos cuidar da "parte de dentro". Acho que as coisas só funcionam se as pessoas quiserem parar de só tirar vantagem. A entidade, o sindicato, promove e discute como podemos fazer alguma coisa. Por exemplo: temos parceria com a Fundação Cidadania, mas não tem nada a ver com política! Temos parceria com a Rede Feminina de Combate ao Câncer, com a Apae, com clubes de serviço, com outros sindicatos, com outros Municípios.

 

EVOLUÇÃO - Ano que vem será um ano de eleições municipais. Você sabe que os ânimos estarão mais acirrados, porque será nossa realidade local - bem diferente de uma eleição para presidente ou para governador. O sindicato, naturalmente, terá uma posição neutra durante esse processo!

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Com certeza. O que defendemos são os Planos de Governo e o cumprimento destes. Que os candidatos apresentem uma proposta digna e possível de ser cumprida. Não adianta o candidato prometer mundos e fundos e não poder cumprir. Mesmo aqui no sindicato, quando tem eleição, o que prometemos é trabalho. Acreditamos que o povo aprenda ao longo dos anos e realmente vote nas propostas, nas pessoas, e não só nos partidos. O que o sindicato gostaria de ter sempre são as portas abertas da Administração, da Câmara de Vereadores e dos próprios partidos políticos.

 

EVOLUÇÃO - Presidente, o assunto é amplo e ainda renderia muito, mas precisamos encerrar. Mais alguma consideração?

ADRIANA BOMBASSARO ZANELLA - Agradeço pela oportunidade. Estamos com as portas abertas para quem quiser conhecer o trabalho do sindicato. O sindicato fica ao lado da Caixa Econômica, no Edifício Milano, quarto andar, sala 42. O telefone é o 3633-6253. 



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