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FIESC apresenta estudo com matriz de incentivos para Santa Catarina

Quarta, 11 de maio de 2011


Estudo elaborado pela empresa de consultoria Prospectiva contempla diretrizes para uma nova política industrial catarinense e inclui sugestão para criar o programa Pró-Indústria

 


Florianópolis - A Federação das Indústrias apresentou nesta terça-feira (10) a industriais e à secretaria da Fazenda o estudo "Diretrizes para uma nova política industrial catarinense", elaborado pela empresa de consultoria Prospectiva, que entre os sócios tem o ex-ministro Roberto Rodrigues. O trabalho servirá de subsídio para a Secretaria da Fazenda, que anunciou, no início do atual governo, a pretensão de criar uma nova matriz de incentivos fiscais para Santa Catarina. O trabalho foi apresentado pelo presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, pelo primeiro vice-presidente, Glauco José Côrte, e pela equipe técnica da Prospectiva.

O estudo da FIESC, que inclui a avaliação de casos nacionais e internacionais de programas de incentivo e fundos de fomento, traz propostas organizadas em três eixos: Fomento (ações estruturantes de longo prazo), Incentivos (apoio à competitividade e ao investimento) e Resgate (apoio financeiro e fiscal a setores em crise).

Côrte afirmou que o estudo foca a indústria de Santa Catarina e busca medidas de apoio à competitividade. "Atendendo ao desafio proposto pela Fazenda, estamos propondo um programa alternativo aos que já existem no estado, mas como alguns desses programas estão sendo questionados, a FIESC apresenta um modelo que busca reduzir a insegurança jurídica para a indústria", disse. 

No primeiro eixo o trabalho defende o efetivo suporte à inovação tecnológica, com o aprimoramento da regulação e incremento do orçamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), para viabilizar anualmente pelo menos um projeto de envergadura por setor. Ainda no eixo Fomento, defende a criação de uma Agência de Promoção de Investimentos, para atrair percentual relevante dos investimentos no Brasil, além de um sistema de transferência de créditos de ICMS acumulados.

No eixo Resgate, o estudo propõe um plano emergencial de revitalização, para garantir apoio financeiro e social a setores em crise. Com prazo limitado a 24 meses, o setor ou grupo de empresas, desde que tenha relevante participação no número de postos de trabalho do setor industrial, teria regime especial com medidas como redução do ICMS e aumento do prazo para pagamento.

Com relação a Incentivos, é proposta a criação do programa Pró-Indústria, que estabeleceria uma série de critérios para beneficiar as empresas participantes. Entre as medidas propostas está a redução da base de cálculo nas saídas da indústria e a adesão automática ao Prodec (programa que posterga o pagamento de ICMS). Para estimular o comércio internacional e a inovação, a ideia é incluir metas relacionadas ao desempenho exportador das empresas beneficiadas e ao investimento em pesquisa e desenvolvimento. Para estimular novos investimentos produtivos, a proposta do programa é reduzir o tempo que leva para as empresas receberem de volta o imposto pago na compra de máquinas e equipamentos, hoje de 48 meses (essa devolução ocorre por meio de créditos que são abatidos nos impostos devidos pelas empresas).

No eixo Incentivos, o estudo ainda propõe diferimento do ICMS nas importações para o ativo permanente (máquinas e equipamentos) quando não há similar produzido no estado, isenção do ICMS do transporte de cargas para exportação (fazer uso deste benefício já aprovado no Confaz) e diferimento do ICMS nas saídas de energia às exportadoras. Quando há regime de substituição tributária, a proposta é parcelar o recolhimento, para melhorar o fluxo de caixa, já que com a substituição tributária, todo o imposto do produto costuma ser cobrado quando ele sai da indústria em vez de ser cobrado ao longo da cadeia.

Além disso, o trabalho defende a equiparação das alíquotas do ICMS das saídas da indústria à alíquota interestadual, a exemplo do que fazem São Paulo e Paraná, para que a as fábricas catarinenses tenham condições isonômicas de competição, já que o comércio atacadista já possui esse benefício. 



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