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Henrique Fendrich

rikerichgmail.com

Henrique Fendrich (Crônica de São Bento)

Jornalista são-bentense residindo em Brasília/DF


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Histórias em quadrinhos

Segunda, 09 de maio de 2011

Já atingi uma certa idade em que posso me dar o luxo de sentir saudade. Não uma grande saudade, mas uma que também incomoda. Afinal, já faz mais de uma década que, supostamente, eu deixei de ser criança. Parece que ainda ontem eu estava no Jardim de Infância passando apuros numa absurda aula de carpintaria. Também não parece fazer muito tempo que eu estava na pré-escola e aprendi a ler mais cedo que os outros - tudo graças às histórias em quadrinhos.

 

Uma coleção

Alguns chamam de gibis. Lembro que eu mesmo sempre chamei de "revistinha". As histórias em quadrinhos estiveram perto de mim desde cedo, pois muitas revistas foram herdadas do meu pai e dos meus tios. Não eram aquelas de super-herói, que hoje são conhecidas como "HQs". Eram, em sua maioria, revistas do Pato Donald, Zé Carioca, Tio Patinhas e Turma da Mônica. Coisas típicas para crianças - mas às vezes acontece de a pessoa crescer e, mesmo assim, continuar a ler.

Depois que aprendi a ler com essas revistinhas, comecei uma coleção. Como eu ainda era criança, não tinha muito dinheiro para comprar. Mas cada vez que R$ 5,00 ou R$ 10,00 paravam na minha mão, o meu simples desejo de menino era ir até uma banca de jornal e fazer a festa comprando algumas revistinhas. Eu também aproveitava as idas de meu pai à banca e usava as datas comemorativas para pedir gibis de presente. E assim a minha coleção foi aumentando.

 

Pequeno paraíso

Isso foi nos últimos anos da Livraria Behr, que ficava no calçadão, onde hoje tem uma lotérica. Depois ela se mudou para o início da Augusto Klimmek, no lado direito, onde ficou pouco tempo, mas não sei se com o mesmo dono. Lá por volta de 1998, São Bento teve uma boa amostra de como deve ser o paraíso, graças a um sebo que abriu na curva da Barão do Rio Branco com a Benjamim Constant - hoje funciona uma loja de roupas ali, se não me engano.

Chamava-se "Sebu's" e possuía uma enorme vantagem em relação às bancas: era possível encontrar revistinhas de todas as épocas e por um preço reduzido. A cada visita, eu saia de lá com cerca de trinta gibis. Só que o sebo não deve ter feito muito sucesso, pois logo fechou. Mas foi o suficiente para despertar meu interesse por gibis antigos. Nos últimos anos, eu vendia as edições mais novas para procurar preciosidades dos anos 70 e 80 - a meu ver, muito melhores.

Tenho, aliás, muito a agradecer à família da Crista Grohskopf, nossa colunista online do Evolução. Ela não sabe, mas quando alguém da sua família, aparentemente, vendeu toda a coleção de gibis dos anos 70 e 80 para a banca Dynamis, no início dos anos 2000, a maior parte dos gibis foi parar lá em casa. Sei disso pela assinatura na capa das revistas. E até hoje lamento não ter tido dinheiro para comprar todas elas.

São cerca de mil gibis que tenho num armário em Curitiba - garanto que minha mudança para Brasília não tem nada a ver com a falta de espaço no meu quarto. Percebo até hoje a influência dos quadrinhos no modo como enxergo a vida - meu senso de humor, bom ou mau, veio de lá. Por isso, não recusarei possíveis doações de quem não sabe mais o que fazer com tanta revista velha em casa. Faça feliz um colunista, esse pobre menino crescido.

 

Saudações!



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Elisa Mota


Também aprendi a ler com histórias em quadrinhos. Turma da Mônica foi muito importante para o meu "despertar literário". Não sou colecionadora, nem fã de revistinhas de super-heróis. Mas me lembro com carinho das histórias de Maurício de Souza e seus ensinamentos, especialmente de relacionamento entre pessoas (principalmente crianças) e respeito às diferenças.

Responder      29/05/2011

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