Florianópolis - O governo de Santa Catarina vai buscar R$ 400 milhões da União para restaurar dois mil quilômetros de rodovias estaduais e fazer obras nos 127 pontos onde ocorrem mais acidentes. Na próxima semana o secretário de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, deve ir ao Rio de Janeiro entregar a carta-consulta para a obtenção do financiamento ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Na próxima sexta-feira, Cobalchini entrega o projeto para a obtenção do recurso ao governador Raimundo Colombo. Em seguida, marcará uma audiência com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
— Vamos atrás de recurso para fazer um grande programa de melhoria das nossas estradas para diminuir os acidentes e deixar de ser reconhecido como o estado onde ocorrem mais mortes no trânsito — diz o secretário.
Ainda este ano serão investidos R$ 40 milhões do tesouro do Estado para intervir na pavimentação. Na próxima semana, devem ser lançados os editais de licitação dos projetos de recuperação dos três primeiros trechos de rodovias a serem recuperados: 32 quilômetros da SC-458, entre a BR-116 e Campo Belo do Sul; 91 quilômetros da SC-468, entre Chapecó e São Lourenço, e 70 quilômetros da SC-303, entre Fraiburgo, Videira e Joaçaba. Além da restauração, essas vias receberão terceira faixa.
— São eixos que integram regiões e que estão em piores condições, rodovias importantes para escoamento dos produtos granjeiros, como a SC-468, que liga o Paraná à Chapecó — expõe Cobalchini.
O plano do governo é terminar a restauração dos dois mil quilômetros de rodovias, ou seja, 40% de toda a malha viária, até o final do mandato, em 2014. A seleção está sendo feita com base em levantamento da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) e do Departamento de Infraestrutura (Deinfra), que elencaram os locais em piores condições de tráfego.
— Como já perdemos quase seis meses do ano, em 2011 devemos executar dez por cento do projeto que visa restaurar as rodovias mais problemáticas — justifica.
O programa de revitalização é inédito no Estado e considerado urgente, já que o governo anterior, de Luiz Henrique da Silveira, priorizou asfaltar os acessos aos municípios que contavam apenas com estradas de chão, deixando de lado a manutenção das pavimentadas já existentes.