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Hospital credenciado: Mais de um ano depois, nenhuma captação de órgãos realizada

Segunda, 09 de maio de 2011

Ainda não houve um único caso que se enquadrasse em todas as exigências técnicas e legais

 

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A diretora técnica do hospital, radiologista Adriana Lisboa, com o tomógrafo, um dos equipamentos utilizados para detecção da morte cerebral do paciente (Foto Elvis Lozeiko/Evolução)
 

São Bento - No dia 11 de março fez um ano que o Ministério da Saúde autorizou o Hospital e Maternidade Sagrada Família, de São Bento do Sul, a realizar a captação de órgãos. As tratativas para implantar a atividade no município iniciaram em janeiro de 2008, quando foi montada uma comissão específica para o tema. Porém, decorrido este tempo desde o credenciamento - quase quatorze meses -, nenhuma captação foi realizada. De acordo com a diretora técnica do Sagrada Família, radiologista Adriana Lisboa, ainda não houve um único caso que se enquadrasse em todas as exigências técnicas e legais. O primeiro passo é a comprovação da morte cerebral do paciente, possível através de um eletroencefalograma e de uma arteriografia cerebral - procedimentos feitos por diferentes médicos. Em São Bento, em média, há um paciente com morte cerebral registrada a cada dois meses.

 

QUADRO IRREVERSÍVEL

A morte cerebral é constatada quando se verifica que o quadro é, de fato, irreversível - "quando a quantidade de tecidos mortos não fará a pessoa retornar à condição mínima de vida", conforme palavras da profissional. É nesse ponto que a comissão do hospital vê um dos grandes pontos que devem ser esclarecidos às famílias dos pacientes, que, afinal, decidem se farão a doação dos órgãos ou não. Culturalmente, a população acredita que uma pessoa só está morta quando o coração para de bater. Ledo engano. "O conceito de vida é muito maior do que um coração batendo", explica a médica. "Em termos científicos, é algo muito amplo".

 

EQUIPES RECEPTORAS

Assim, o coração pode continuar batendo até uma semana depois da detecção da morte cerebral. A captação só poderá ser feita em pacientes "biologicamente viáveis", com os demais órgãos e tecidos vivos e sem lesões - o que ocorre, normalmente, com jovens. A captação, caso autorizada pela família, deverá ser feita em até 48 após a comprovação da morte encefálica. Caso autorize, a família receberá atenção também em termos de serviços de profissionais como assistentes sociais e psicólogos.

Quando for realizada uma captação no hospital, a Secretaria de Estado da Saúde, já notificada, enviará equipes receptoras a São Bento do Sul, de onde seguirão para as cidades com pacientes que tenham compatibilidade com determinado órgão. As regras são diferentes para cada órgão - um rim tem que ser transplantado em até seis horas, por exemplo. Maiores informações sobre o serviço de captação de órgãos do hospital são-bentense podem ser obtidas pelo telefone 3631-0200, com Aline ou Nilva.



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