Pelo ponto de vista físico, uma obra nada mais é do que a união de vários elementos para formar um novo corpo. Pela ação enérgica de aglomerantes, como cimento, cal, colas, etc, e ação de conectores, como pregos, parafusos, emendas por transpasses, etc, onde mantém os materiais justapostos e organizados.
O problema existe quando algumas forças contrárias a isto começam a atuar. E estas forças em sua grande maioria são naturais. Então vale a premissa: se veio do pó, ao pó voltará...
Por exemplo: o cimento é proveniente de pedras calcárias, num processo de ativação de suas moléculas, através de uma grande elevação de temperatura e depois a sua moagem. Ao perder esta energia por ação do tempo (degradação por agentes internos) e combinado com intempéries (agentes externos, como umidade, ressecamento e poluição) os problemas surgem.
O reboco externo é bastante castigado por ser a primeira barreira das intempéries que sofre a combinação sazonalmente de todas elas. Então, se sua casa ainda não trincou, ela vai trincar.
Isto é um processo natural, e sem gravidade, que normalmente uma pintura resolve. Ou seja, o proprietário tem que dar manutenção para seu imóvel continuar se valorizando e evitar algum constrangimento de ordem psicológica. Claro que são admissíveis microfissuras, até pequenas trincas, conforme denominação no artigo anterior, em moderada quantidade, de forma craqueada. O perigo são as rachaduras que veremos adiante.