Diariamente há denúncias de maus tratos
São Bento - Diariamente no município o Departamento de Vigilância em Saúde recebe denúncias de maus tratos de animais. Para minimizar o problema, o setor investiga as denúncias e os animais doentes, sem dono e que apresentem risco à saúde pública são recolhidos e tratados. Segundo a diretora Maria Hercília de Souza, é atribuição do Departamento de Vigilância em Saúde executar ações de prevenção e controle de doenças. "Independente da origem, o nosso foco está nas situações em que a saúde pública é colocada em risco", afirma. Hercília destaca ainda que o atendimento só pode ser prestado com a identificação do denunciante. "O controle do resgate desses animais, geralmente cachorros, é rigoroso, pois os recursos do departamento são destinados à saúde pública e se o animal tiver dono é ele quem deve se responsabilizar pelo tratamento, quando necessário", detalha.
TRATAMENTO
Estima-se que em São Bento do Sul o número de cachorros abandonados ultrapasse 1,5 mil. Segundo Czeslaw Kosciarz, da Vigilância, mensalmente são encaminhados para tratamento em média quatorze cães. "Geralmente atendemos casos de atropelamento - os cães apresentam fraturas, além dos cães que ficam doentes por falta de alimentação e cuidados, abandonados à própria sorte", relata. À medida que os animais recolhidos se recuperam são entregues para a adoção ou devolvidos no local onde foram recolhidos. "Infelizmente não conseguimos lar para todos os animais tratados - e quando eles são devolvidos já estão curados e não apresentam mais risco para a saúde pública", informa Czeslaw, acrescentando que todos os cães recuperados também são castrados.
PÉSSIMO ESTADO
Nesta semana o departamento atendeu três cachorros em péssimo estado de saúde. Em um deles uma bicheira tomou conta da bochecha e já se aproximava da arcada dentária. Outro cão perdeu todos os pelos devido à doença de sarna. "Nos dois casos poderíamos ter sérios problemas de saúde pública. A sarna, por exemplo, é contagiosa ao toque; qualquer criança ou adulto que tivesse contato direto com ele poderia contrair a doença", justifica Czeslaw. O terceiro cachorro apresenta sérios problemas na coluna. Presume-se que o cachorro tenha sido atropelado ou sofrido agressão violenta na região da coluna. O cão de porte médio não consegue mover as patas traseiras e, para piorar sua situação, também tem um problema nos olhos.