Empresa contratada desenvolveu as ações de proteção na Área de Proteção Permanente
Engenheiro florestal proferiu palestra em um recanto, abordando a educação ambiental (Foto divulgação)São Bento - A recuperação das margens do rio Vermelho, manancial que abastece São Bento do Sul, está em fase final de execução. Uma empresa contratada desenvolveu as ações de proteção da Área de Proteção Permanente (APP) com construção de cercas - quando necessário -, plantio de mudas e técnicas de nucleação. O procedimento de trabalho o cronograma do projeto aprovado pela Fatma. A cerca com palanque de eucalipto tem quatro fios de arame - liso ou farpado - e balancins, mas a cerca é construída somente quando necessário, para evitar a entrada do gado ou cavalos na área em recuperação, devendo durar o suficiente para o crescimento das mudas. O plantio de mudas é feito com espécies nativas oriundas do próprio Planalto Norte.
Já as técnicas de nucleação garantem a regeneração de espécies do próprio local, com transposição de solo de áreas com vegetação formada, transferindo o banco de sementes e garantindo uma variabilidade genética melhor que as próprias mudas provindas de viveiros da região. No decorrer das atividades alguns proprietários preferiram ficar apenas com o material para fazerem a recuperação da área por conta própria. Casas, galpões e outras obras de benfeitoria que ocupam a área de APP não tiveram interferência, mas todas as áreas possíveis de plantio foram observadas e o proprietário recebeu a orientação da necessidade de recuperação.
Divisa
O trecho de recuperação compreende o ponto de captação de água do município de São Bento do Sul até a divisa com Campo Alegre. Recentemente, a comunidade influenciada pelo projeto recebeu a terceira etapa de educação ambiental, em forma de palestra, no recanto do Noti, com o engenheiro florestal James Peixer e o técnico agropecuário Julio Jaime Pereira. A recuperação da área atende a um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) do Ministério Público.
Além das obrigações, o município está sensibilizado com a ação e vai implantar o PSA (Pagamento por Serviços Ambientais), beneficiando as pessoas comprometidas com a preservação da mata ciliar ou pela recuperação desta. O pagamento será anual e baseado em proporção a unidades fiscais do município. "Iniciamos com uma atividade que nos foi imposta, mas finalizaremos com o PSA que será um reconhecimento perpétuo para estes moradores e um benefício para a sociedade, pois garantiremos a água para o município", diz Marcelo Hübel, diretor de Meio Ambiente do governo.