Seminário sobre desenvolvimento sustentável debate a necessidade de investir em ações que minimizem o impacto ambiental e social
como forma de sobrevivência das gerações futuras
Blumenau - Define-se por Desenvolvimento Sustentável um modelo econômico, político, social, cultural e ambiental equilibrado, que satisfaça as necessidades das gerações atuais, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades. Este é o grande desafio das empresas e das pessoas. Tudo que fazemos, até o simples ato de jogar bituca de cigarro no chão ou usar muitas sacolas plásticas, pode comprometer o futuro do planeta. Por este motivo, o tema tem sido amplamente discutido e as empresas, cada vez mais, estão engajando-se em programas que minimizem os problemas sociais e ambientais. Cerca de 60 pessoas, entre estudantes e empresários, participaram na noite de quinta-feira, dia 28, do Seminário Sustentabilidade e Sobrevivência das Organizações: desafios e propostas, organizado pela Fundação Fritz Müller (FFM).
O grande desafio do século XXI está em trabalhar todos os pilares da sustentabilidade: social, ecológico, cultural, espacial, político e ambiental. Representantes das empresas Embraco, de Joinville, Fujiro, de Blumenau, e da Landis + Gyr, de Curitiba, durante cinco horas apresentaram aos participantes suas ações que têm rendido bons resultados e até prêmios para suas corporações. O debate foi mediado pela LCG Consultoria, de Balneário Camboriú.
A Embraco detém 22% do mercado mundial de compressores. Hoje, é considerada líder no mercado mundial com seus compressores econômicos e silenciosos. A empresa vai além de produzir um artigo com qualidade, também pratica a logística reversa e recolhe o material quando não tem mais serventia, de modo que não seja jogado em qualquer lugar e contamine o meio ambiente. Realizado desde 2000, programa Top Verde de coleta e reciclagem já retirou do mercado brasileiro mais de 1,350 milhões de compressores. Esta é uma das inúmeras ações que fazem parte da forma de administrar de forma sustentável da Embraco.
O programa é muito simples: os compressores coletados são desmontados em equipamentos especiais e seus componentes separados e enviados para reciclagem. Além de evitar a poluição, a Embraco contribui para reduzir a necessidade de extração de mais recursos naturais do meio ambiente. A Embraco disponibiliza uma rede de postos de coleta que abrange todas as regiões do Brasil, onde os produtos velhos podem ser trocados por novos. É possível trocar 12 compressores usados por um novo, ou, trocar um usado por descontos na compra de um novo. Além de investir no meio ambiente, a Embraco também tem programas desenvolvimento dos seus colaboradores e trabalhos voltados para a comunidade. “Uma pesquisa comprova que 80% das pessoas são movidas pela motivação que é conseguida através de ações voltadas para o funcionário”, diz a líder de sustentabilidade da Embraco, Gabriela Werner.
A Fujiro tornou-se conhecida por retirar da natureza 3 milhões de garrafas PET e usar em suas camisetas ecologicamente corretas. A empresa é especialista em artigos promocionais desenvolvidos com sustentabilidade. Depois de se firmar no mercado promocional, em junho, a empresa estará lançando uma coleção de roupas femininas feitas com fios a partir da garrafa PET. “Nosso foco é ser uma empresa ecologicamente correta e isso não vai mudar. Mas estamos procurando outros nichos de mercado. Há infinitas coisas que podem ser feitas com a fibra do PET”, diz uma das sócias, Ana Paula de Oliveira Sedrez.
A Landis + Gyr apresentou durante o seminário uma propôs global para se trabalhar o desenvolvimento dando suporte a todos os seus pilares. Trata-se de uma Rede de Valor que envolve os seus fornecedores e clientes. As redes de valor se caracterizam por serem formadas por empresas que geram valor a seus clientes através da intermediação do relacionamento entre eles, de forma direta ou indireta. As empresas selecionam membros para a rede, gerenciam a comunicação e relacionamento com os mesmos, prestam serviços adequados e mantém uma infra-estrutura física e de informações necessárias para garantir a operação do negócio com eficiência e eficácia.
A empresa é líder na fabricação de equipamentos de medição de energia elétrica. Instalada em Curitiba, conta com cerca de 550 colaboradores e produz aproximadamente dois milhões de medidores/ano para o mercado brasileiro e sul-americano. Pelo 10º ano a Landis+Gys foi mais uma vez considerada como uma das 10 melhores empresas para se trabalhar no Brasil. Esse é o resultado divulgado pela Revista Exame no seu Guia Anual “As 150 Melhores Empresas Para Você Trabalhar”.