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Importação de 440 milhões de litros de combustíveis livra País de desabastecimento

Quinta, 14 de abril de 2011


Além de gasolina, produtores compram álcool anidro de milho dos Estados Unidos em volume suficiente para consumo de 10 dias

 

Pelo menos dois navios carregados de gasolina chegam nesta semana ao País para garantir o abastecimento do combustível. A disparada do preço do álcool nos últimos dois meses levou motoristas de carros flex que antes abasteciam com etanol a migrar para a gasolina, provocando necessidades de importação - não somente do derivado de petróleo, mas também de álcool anidro, que é misturado à gasolina. Resultado: o País está importando cerca de 440 milhões de litros dos combustíveis.

De acordo com a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), cerca de 200 milhões de litros de álcool anidro estão vindo do mercado americano - criticado por especialistas por usar o milho menos eficiente que a cana-de-açúcar brasileira. A informação é confirmada por distribuidoras de combustíveis, que compram o produto de usineiros. O volume é suficiente para abastecer o País por cerca de 10 dias.

 

Foto: Eudes Santana/Divulgação Ampliar

Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, é um dos 4 projetos da Petrobras para aumentar capacidade de refino de petróleo

"Só não faltou produto por causa desta importação. No início do ano, pedimos ao governo para reduzir a quantidade de álcool anidro à gasolina, mas ninguém achou que fosse faltar o produto. Mas os estoques não suportaram o aumento da demanda", afirmou ao iG o presidente da Fecombustíveis, Paulo Miranda Soares.

Se o governo tivesse aceitado a redução da mistura de anidro na gasolina, a Petrobras teria de importar ainda mais combustível do que já está fazendo, num momento desfavorável para a estatal - em que o preço do derivado sobe no exterior e permanece estável no Brasil. Cerca de 240 milhões de litros de gasolina estão a caminho dos Estados Unidos e da Europa para o Brasil. A quantidade garante ao País cerca de 3 dias de consumo.

Gargalos na logística

De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), Alísio Vaz, não há problemas de desabastecimento, embora alguns jornais locais da região Centro-Oeste tenham noticiado nos últimos dias demora de algumas horas para abastecer em postos de gasolina.

"Não temos problema de fornecimento de nenhum produto. O que temos são alguns gargalos no transporte, dificuldade para receber rapidamente o álcool anidro, já que os fornecedores estão adaptando a logística de álcool hidratado para anidro", relata Vaz.

 

 No final de março, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) emitiu resolução que permite aos usineiros acrescentar até 1% de água ao anidro, percentual que antes era de 0,4%. A medida abriu caminho para a importação do combustível, já que outros países trabalham com a adição de 1% de água.

"A migração do consumo de etanol para gasolina era previsível, já sabíamos que isso aconteceria, só não sabíamos quando", acrescenta o representante das distribuidoras.

Queda no consumo de etanol

Uma grande distribuidora relata que 90% dos seus clientes estão abastecendo com gasolina e apenas 10% com etanol. Antes do repique de preços nas usinas de álcool, a proporção era de 60% para gasolina e 40% para álcool, segundo a distribuidora. De acordo com o Sindicom, o consumo de etanol recuou 70,5% em abril em relação à média do primeiro bimestre do ano. E a demanda por gasolina, por sua vez, aumentou 27,5%.

O álcool hidratado, que abastece os automóveis, ficou cerca de 25% mais caro nos últimos dois meses. Além do período de entressafra, preços mais atraentes do açúcar no mercado internacional atraem usineiros e reduzem a oferta de etanol no mercado doméstico. Com o encarecimento, o uso de gasolina fica mais vantajoso para o consumidor.

Para dar conta do aumento do consumo de gasolina e outros derivados, a Petrobras tem em andamento 4 projetos de refino no País: a Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco; o Comperj, no Rio de Janeiro; e duas refinarias premium, uma no Ceará e outra no Maranhão. (Fonte IG)



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