“A saúde não pode esperar”, dispara Glinski sobre
falta de medicamentos e cancelamento de serviços
Vereador critica atitude do governo municipal e diz que população está sendo
penalizada pelo resultado das urnas
As constantes queixas de pacientes sobre a falta de medicamentos na Farmácia do
SUS, inclusive os básicos, além do cancelamento de consultas, exames e até de
cirurgias logo após a eleição municipal, repercutiram durante a sessão ordinária da
Câmara, na noite de terça-feira, 11.
Vereador Paulo Glinski (PSD) lamentou e criticou a decisão tomada pela
administração municipal. “As pessoas têm sido informadas de que alguns serviços de
saúde deixaram de ser oferecidos e que só voltarão ao normal no próximo mandato”,
repudiou.
Segundo ele, atitudes como essa mostram que a população está sendo penalizada em
virtude do resultado das urnas. “Até esses dias vendiam esse governo como sendo o
melhor do mundo. E agora, o que aconteceu? Quer dizer que perderam a eleição e
não tem mais nada? A saúde não pode esperar”, observou.
Glinski pediu que a Câmara faça levantamento das reclamações já trazidas aos
vereadores e também sobre as postadas recentemente nas redes sociais, para que
então depois possa protocolar denúncias no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e no
Ministério Público.
Ao ainda dizer que a população está acima dos interesses políticos, o vereador
mandou um recado aos governantes do município. “Se o problema for falta de
dinheiro, sugiro que mandem embora meia dúzia de pessoas que só serviam para
segurar bandeiras e afrontar adversários nas ruas e esquinas da cidade. Fazendo isso,
vão sobrar recursos para muitas coisas, inclusive para a compra de remédios”,
disparou.
O vereador também afirmou, que é obrigação dos servidores municipais, atender
bem a população enquanto estiverem ocupando os cargos. “Se houver qualquer
desrespeito com o povo, quero ser o primeiro a denunciar. Falar nome e até mostrar
foto de alguns com o adesivo do ‘eu já sabia’. Claro que eu já sei que eles vão ganhar
a conta, mas enquanto isso não acontece vão ter que trabalhar”, alfinetou.
Já o vereador Gilmar Martins, o Gil Baiano (PR), classificou como desumana a forma
pela qual as pessoas que procuram os serviços de saúde vem sendo atendidas. “O ser
humano não pode pagar pela perda de um mandato”, lamentou.