Padre Antônio Taliari
Jornalista (DRT 3847/SC)
Missionário em Rondônia, estudando em Curitiba/PR
No seu centro, Lucas reúne três parábolas. Elas ilustram o mesmo tema: participar da alegria de Deus, que por meio de Jesus, acolhe e salva os pecadores. O amor e a bondade de Deus, visíveis em Jesus, libertam as pessoas de suas misérias, da solidão e do desespero. O Evangelho de Lucas é considerado o Evangelho dos grandes perdões, a parábola do ‘filho pródigo’ é a sua obra-prima. É a mais famosa das parábolas de Jesus. Além de ser um clássico de intuição espiritual, é uma joia literária. Jesus ilustra a importante aceitação viável no Reino de Deus. Fala do acolhimento pelo Pai ao pecador.
Junto com Jesus, estavam os publicanos, que são os cobradores de impostos considerados impuros diante da lei. ‘Pecadores’ era uma expressão utilizada para designar pessoas que levavam vida imoral, tais como adúlteros e falsificadores, se referia a todos que exerciam profissão desonrosa como vendedores ambulantes, cobradores de impostos. Junto com eles estavam mestres da lei e fariseus que, ao contrário dos demais, estavam ali para criticá-los e julgá-los, pois para eles Jesus se associava às pessoas de má fama.
A ausência de uma ovelha é uma perca, uma dor para o pastor. Não basta a presença de 99 ovelhas, o que falta é aquela uma que se perdeu. Ele deixa as 99 ovelhas no deserto, elas correm o risco. Deixá-las no deserto é fazer que se sintam solidárias e responsáveis por aquela uma que se perdeu. O pastor arrisca tudo para recuperar aquela uma que falta. O pastor não fica esperando que ela retorne. Sê ela se perdeu, precisa do cuidado, pode estar correndo risco de morte. Ovelha sozinha, sem rebanho, é presa de todo tipo de perigos. O pastor só terá descanso e paz quando a encontrar.
Assim nós não podemos esperar que os pecadores se arrependam e retorne à Igreja. É preciso ir em busca deles, ir encontrá-los onde se perderam. A cena é linda demais. Esperava-se a repreensão, o castigo por ter-se afastado das demais. Não é isso que ocorre, mas o acolhimento. O pastor com a ovelha nos ombros é cheio de alegria mostra que sua busca não foi em vão. Ele não a faz retornar ao lugar onde estão as demais, mas ele a conduz, ele sabe onde é o redil, o lugar seguro. O pastor volta para casa, o outro lugar seguro. Sua alegria não pode ficar só para si é para o rebanho completo. A alegria precisa ser compartilhada com os amigos e vizinho. A alegria é um sentimento que precisa ser partilhado. Ninguém consegue ser feliz sozinho. O Evangelho de Lucas é o Evangelho da alegria, presente desde o início. As três parábolas do capitulo 15 são chamadas de parábolas da alegria. Os primeiros cristãos praticavam a mensagem de Jesus “partilhando o pão com alegria”. A alegria do pastor é a alegria do nosso Deus.
O Antigo Testamento traz tantas imagens de Deus como bom pastor. A alegria de Deus é a reunião de todos os filhos e não somente dos ‘justos’. É quando estão todos juntos que a alegria é completa, como a alegria da mãe ao ver a família reunida. A alegria no céu é completa quando todos estiverem presentes, sobretudo aqueles que haviam se extraviado. Haverá sim alegria por aqueles que se mantiveram fiéis, mas muito mais pelo retorno daqueles que retornaram. A mesa da partilha não pode ter alegria se está lá a cadeira vazia de um irmão nosso. Uma nova parábola é acrescentada. O cenário montado é o de uma casa paterna. Jesus apresenta o pai de família e seus dois filhos. Um mais jovem e outro mais velho. Essa imagem alude ao conhecimento dos ouvintes sobre as de dois irmãos, como Esaú e Jacó, José e seus irmãos, nas quais o irmão mais novo triunfa sobre o mais velho.
12/09/16 – Seg: 1Cor 11,17-26.33 – Sl 39 – Lc 7,1-10
13/09/16 – Ter: 1Cor 12,12-14.27-31a – Sl 99 – Lc 7,11-17
14/09/16 – Qua: Nm 21,4b-9 ou Fl 2,6-11 – Sl 77 – Jo 3,13-17
15/09/16 – Qui: Hb 5,7-9 – Sl 30 – Jo 19,25-27
16/09/16 – Sex: 1Cor 15,12-20 – Sl 16 – Lc 8,1-3
17/09/16 – Sáb: 1Cor 15,35-37.42-49 – Sl 55 – Lc 8,4-15
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