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Angelo Treml


Engenheiro Civil


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Um processo lento, mas ininterrupto...

Quarta, 13 de abril de 2011

A corrosão é uma das patologias mais graves e também comuns em obras. A foto abaixo mostra claramente os efeitos da acentuada corrosão em armaduras (ferragens), inclusive com fácil desagregação do concreto. As fissuras que aparecem nas peças estruturais de uma edificação normalmente são o resultado da expansão interna do volume (diâmetro) dos ferros utilizados no pilar. Ao oxidar-se o ferro (aço de construção) expande seu volume, (em laboratório, até 8x seu tamanho original), provocando, assim, as fissuras.

 

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Vale salientar, que a oxidação de armadura pode acontecer em qualquer elemento estrutural a saber: Pilares, vigas, lajes e sapatas/blocos (fundações).

Os pilares por estes serem os elementos mais críticos e importantes de uma obra pois trabalham normalmente à compressão suportando o peso da estrutura situada acima dele, e um fissuramento provocaria uma diminuição da seção transversal do mesmo, consequentemente no local haverá um ponto vulnerável, propiciando, se não houver um tratamento, o esmagamento do Pilar e comprometimento da estrutura. Tudo este processo é lento, mas ininterrupto. (gravíssimo em pilares de garagens em edifícios).

 

Como evitar

A melhor maneira de se evitar as oxidações é realmente ter um bom cobrimento da armadura, ou seja: garantir que o aço seja envolto pelo concreto, não permitindo assim o caminho livre para entrar a umidade, que pode vir pelo próprio ar, ou pior ainda, por uma fonte direta como alguma infiltração de água, ou contato com solo úmido.

As ditas "bicheiras" são as principais portas de entrada para a umidade, também acompanhadas do baixo teor de cimento dentro do concreto. Então fica claro mais uma vez que a qualidade da obra é sempre vista como um todo, onde uma parte depende da outra.

É bastante recomendado o uso de espaçadores plásticos ou feitos em argamassa para garantir o espaço vazio entre as armaduras e a forma e o uso de equipamento de adensamento de concreto, os populares vibradores que não são mais tão onerosos a sua aquisição, isto para um construtor, ou então é de fácil locação.

 

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(espaçador plástico tipo circular)
 

Uma solução simples, mas de alta tecnologia seria amarrar junto a armadura uma pastilha de um Ânodo de Proteção Galvânica, que é unidade de proteção catódica constituída por um ânodo de sacrifício de zinco puro, encapsulado num material alcalino de elevada condutividade elétrica, com fios condutivos para a fixação e contato com as armaduras da estrutura de concreto armado. Devido à sua maior eletronegatividade, o zinco inicia o processo de óxido-redução antes do aço, evitando a inversão de polaridade, protegendo-o desta forma.

 

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“Bicheira” no concreto – defeito de início de obra
 

A solução

Muitos por desconhecimento, acham que o simples preenchimento das fissuras com argamassa de cimento e areia, soluciona o problema. Tal procedimento não resolve o problema e a oxidação continua por que não foi tratada.

- remoção do concreto afetado;

- reconstituição da seção original da armadura;

- em casos de início de corrosão sem comprometimento do concreto e das barras de aço, recuperar o componente estrutural mantendo as dimensões originais através de argamassa apropriada e com traço específico;

- em casos avançados de corrosão, reformar o componente estrutural aumentando as suas dimensões originais através de reforço;

- eventualmente, demolir e reconstruir o elemento afetado. Observação importante: não esquecer de utilizar um bom escoramento ao mexer em peças estruturais.



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