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Investimento de R$ 20 bi irá para criação da Cidade Inteligente

Quarta, 13 de abril de 2011

Terceiro maior investimento já feito por estrangeiros no País, recursos da Foxconn devem gerar 100 mil empregos diretos no Brasil  

A gigante taiwanesa de tecnologia Foxconn, responsável pela montagem de equipamentos eletrônicos de marcas como Apple, Sony, HP e Dell, deverá investir US$ 12 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) no Brasil em até seis anos, criando 100 mil empregos diretos na fábrica, já batizada como Cidade Inteligente. O anúncio foi feito na noite desta terça-feira pela presidenta Dilma Rousseff em Pequim, durante o segundo dia da visita à China, que se estende até este sábado.

 Em 14 de março, o presidente do conselho de administração do BG Group, Robert Wilson, anunciou que a companhia, uma das líderes mundiais na exploração de gás natural, pretende investir US$ 30 bilhões nos próximos dez anos no Brasil. Nove dias depois foi a vez da Telefónica anunciar que fará investimentos de R$ 24,3 bilhões no País nos próximos quatro anos. O presidente da Foxconn, Terry Gou, esteve pessoalmente em Pequim, onde se encontrou com Dilma. Na noite de segunda-feira, havia jantado com o ministro de Ciências e Tecnologia, Aloizio Mercadante, quando garantiu que o Brasil montará tablets para a Apple até novembro deste ano. Os equipamentos sairão de uma das cinco unidades que a Foxxconn já tem no Brasil. "Ele disse que prometeu a Steve Jobs [o dono da Apple] que seriam produzidos iPads no Brasil até novembro", afirmou Mercadante.

Fabricante da Apple, Foxxcon investirá R$ 20 bilhões no Brasil.

Na China, Dilma receberá proposta oficial para fábrica de tablets. Jornal chinês afirma que Apple irá fabricar produtos em São Paulo mas o plano da Cidade Inteligente é mais ambicioso, produzir displays de alta tecnologia, as telas que servem a equipamentos como tablets – de várias marcas –, telefones celulares e televisores, por exemplo. Hoje, apenas quatro unidades no mundo fabricam o produto, todas localizadas na Ásia, no Japão, na China e na Coreia do Sul.

Segundo o secretário de Política de Informática do Ministério de Ciência e Tecnologia, Virgílio Almeida, o Brasil gasta hoje US$ 3 milhões por ano apenas para importar estes displays. Gou quer implantar a fábrica no Brasil porque acredita no país como uma economia do futuro – assim como os demais integrantes do BRIC, China, Rússia e Índia, onde já tem investimentos. Segundo ele, o mercado interno é outro atrativo, além de ver oportunidades com a realização da Olimpíada e da Copa do Mundo. Mas não é só isso. O dono da gigante de tecnologia, que fundou a Hon Hai em Taiwan em 1974, da qual a Foxxconn é subsidiária, ainda vê o Brasil como um pais estável, com sistema judiciário independente e com vantagens logísticas. O objetivo, explica o ministro brasileiro, é que a planta brasileira garanta exportações se não para as Américas, pelo menos para a América Latina. Mercadante não falou onde a fábrica modelo deverá ser implantada. "Eles já estão no Brasil há uma década, não é um país novo para eles. Tenho certeza que já sabem onde querem implantar a Cidade Inteligente", afirmou Mercadante, que não adiantou se haverá programas de isenções fiscais. "O que será necessário são estradas, banda larga, energia. Há muito trabalho a ser feito antes de concretizarmos este negócio. Mercadante integra um grupo focado na questão junto a representantes dos ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e do BNDES. Segundo o ministro, a fábrica deverá contar com sócios brasileiros. Além disso, haverá transferência de tecnologia e investimento em qualificação de profissionais. A expectativa é de que entre os 100 mil empregados, 20 mil sejam engenheiros e 15 mil técnicos. Os engenheiros seriam treinados na Ásia em períodos entre seis meses e um ano. "Nunca ouvi falar de investimento parecido com este no Brasil", disse Mercadante, que há três meses negocia o projeto. Para entender melhor o investimento, classificado por Mercadante como o maior investimento direto estrangeiro em qualquer setor no Brasil, é importante saber que a Foxxconn faturou US$ 100 bilhões no ano passado, quando exportou US$ 86 bilhões a partir da China e importou US$ 82 bilhões para o país. "A Foxxconn é responsável por 5,5% do comércio exterior chinês. Para se ter uma ideia de o que isso representa, o fluxo de exportação e importação é três vezes maior do que o registrado entre o Brasil e a China, o nosso maior parceiro comercial, cujos negócios ficaram em US$ 56 bilhões em 2010", diz o ministro.



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