Duzentos alunos de 30 cidades de Santa Catarina se reuniram no sábado (13) em Blumenau, no Vale do Itajaí, para a etapa
estadual da Olímpiada Brasileira de Robótica, como mostrou o RBS Notícias (veja vídeo acima). O
evento contou com 44 equipes. Quem precisou cumprir as provas no lugar dos estudantes foram os robôs, que fazem a prova sozinhos. “A
equipe trabalha no robô antes da competição. A partir do momento que aperta o play para ele fazer o roteiro na pista, ele tem que ser autônomo, sem a nossa participação” explica Luiz Anacleto, de 16 anos. As equipes levam em média cinco meses para deixar o robô pronto. Primeiro vem a
construção e depois, o mais difícil, a programação, que exige matemática, física, mecânica e paciência. “Agora a pouco a gente tava tentado colocar ele para baixar a garra. A gente decidiu apagar aquela programação e botou uma nova. Testamos essa nova e ela está indo bem”, conta Gabriel Sabino, de 10 anos. A equipe precisa fazer com que o robô passe por um caminho cheio de curvas e obstáculos. No final, ele precisa pegar uma bolinha e jogar dentro de um triângulo. Cada equipe tem até três chances para pontuar e não pode passar de 15
minutos. Enquanto a competição acontece os pais e professores não podem entrar na
quadra. “De vez em quando a gente dá uns palpites de longe, mas para fazer a manutenção e calibragem dos robôs é só com eles”, afirma o professor Guilherme Cruz. Mesmo bem novinhos, os competidores saem daqui mais preparados para o
mercado de trabalho. “Se exige um profissional que saiba trabalhar com tempo limitado, com orçamento limitado e uma tarefa bem pré-definida. Então, quando eles fazem a construção desses robôs eles acabam vivenciando tudo isso” ,diz o organizador Bolivar Fernandes.