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Novo governo: os contrastes (Moacir Pereira - DC)

Domingo, 10 de abril de 2011

 

           Os primeiros 100 dias, que se completam neste domingo, revelaram o estilo  Raimundo Colombo(DEM) de governar Santa Catarina, bem diferente aos antecessores Leonel Pavan(PSDB) e Luiz Henrique da Silveira(PMDB).    Antes mesmo de assumir, o novo governador deu o primeiro sinal.  Luiz Henrique usava o helicóptero até para se deslocar da Casa da Agronômica ao Centro Administrativo.  Colombo cancelou o contrato e dispensou o equipamento.

          A calma do lageano só não surpreende os assessores que com ele trabalham há anos.  Não esquenta e não perde a tranqüilidade.  O oposto de Leonel Pavan, que esbravejava e não poupava  secretários com palavrões impublicáveis. 

          O governo anterior proclamava êxito no controle da folha.  O novo mostrou a insanidade de aumentos que, segundo informa, elevarão os salários este ano em 900 milhões de reais.  

          O Pró-Emprego foi exaltado como um dos mais engenhosos na área de incentivos fiscais, responsável pela elevação constante da arrecadação. Tão logo assumiu, Colombo suspendeu a lei do Pró-Emprego e revogou o artigo 148-A. E o secretário Ubiratan Rezende justificou que pretendia acabar com “escritório de intermediários”, fato que dentro e fora do governo produz alguns relatos escabrosos.

          Luiz Henrique e Pavan defenderam com unhas e dentes a mudança do Plano Diretor de Florianópolis para venda da Penitenciária Estadual. Colombo é contra a comercialização da área, e decidiu que ela vai continuar um espaço público.

         O ex-governador valeu-se da liderança para alterar na Câmara a lei para construir duas novas torres no Centro Administrativo.   Ali não será edificado mais nada e já há até estudos para transferir os órgãos do governo.

         Obras

         A segurança pública foi comandada durante no governo passado por um deputado do PMDB, que montou a equipe e o esquema administrativo para viabilizar a conquista de cadeira na Câmara Federal. A nova gestão  quer distância do esquema partidário e eleitoral, optando por um promotor de Justiça na segurança pública.

          A Secretaria da Saúde foi dirigida por um correligionário de Pavan,  deputado Dado Cherem,que relatava conquistas e avanços.  O novo governo tem revelado realidades chocantes nos hospitais públicos da Grande Florianópolis.   Leitos fechados, obras que nunca terminam, falta de pessoal, alimentos deteriorados, etc, etc.

          A Casan foi presidida durante duas gestões pelo ex-deputado Walmor de Lucca, um dos poucos correligionários de Luiz Henrique que entrava na Casa da Agronômica sem pedir licença.  Gabava-se de ação competente e de lucros.  Inovou sim, distribuindo os dividendos entre os diretores e conselheiros.  O novo governo acusa: as estações de tratamento da Casan na Ilha de Santa Catarina não estão operando.  As redes construídas com dotações milionárias jogam o esgoto no mar.

          O novo aeroporto Hercilio Luz estava travado há dez anos.  Por falta de cessão de área de Ufsc para execução de obras, alegava a Infraero.  Colombo chegou e em três meses mandou projeto à Assembléia autorizando a liberação do terreno.  Já é lei.

          A Arena Multiuso de Canasvieiras teve a pedra fundamental lançada com foguetório e muito discurso.  O novo governo chega e aponta o desperdício. O projeto tem rejeição unânime da comunidade e do setor empresarial.   Enterraram 5 milhões de reais.  Até agora, para nada.

         O Centro Integrado de Cultura está há dois anos em reformas. A construtora levou 70% do contrato, mas a obra nem chegou na metade.  Era para reformar em módulos.  Desmontaram o prédio, desativaram o cinema, o museu de arte e o teatro do CIC, e anularam a programação cultural. Colombo ordenou que a reforma se executasse por módulos.

         Finalmente, as polêmicas secretarias regionais.  Raimundo Colombo chega aos 100 dias e não nomeou ainda todos os 36 secretários.  E já anunciou que as regionais não terão função executiva.  Parece disposto a mudar.  Deve ter encontrado cabides demais no armário.

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