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Confira as mudanças no financiamento de imóveis que passam a valer nesta segunda-feira

Segunda, 25 de julho de 2016

Confira as mudanças no financiamento de imóveis que passam a valer nesta segunda-feira Marco Favero/Agencia RBS

Pode ser um bom momento para quem tem capacidade de compra, apontam especialistas

Foto: Marco Favero / Agencia RBS

A partir desta segunda-feira, 25, haverá mudanças para quem quer financiar imóveis acima de R$ 650 mil em Santa Catarina pela Caixa Econômica Federal, instituição bancária que responde por 67% do financiamento imobiliário do país. Os interessados poderão financiar até 80% dos imóveis novos, antes era 70%, e escolher empreendimentos de até R$ 3 milhões, o dobro do limite de financiamento em vigor até agora, de R$ 1,5 milhão. Ampliar a oferta de imóveis de padrão mais elevado, além de ser uma tentativa do banco de reaquecer o mercado imobiliário, pode ser uma oportunidade para os compradores com mais recursos. 

A planejadora financeira Annalisa Blando Dal Zotto defende que agora que começam a aparecer boas oportunidades para compra de imóveis, pois "o brasileiro resiste muito para adequar o preço para o que o mercado está pagando". Então para quem quer adquirir um empreendimento para viver de renda ou porque ainda está no aluguel, é um momento propício, defende. Mas reforça que planejamento é essencial para dar conta das parcelas:

— Se a  pessoa paga aluguel, ele é um excelente parâmetro. A parcela não pode passar muito do valor do aluguel, mas não pode esquecer de somar o IPTU e o condomínio. O melhor jeito para saber se cabe ou não no bolso é fazer uma planilha detalhada das despesas, mas não pode colocar só as fixas, tem que lembrar que tem lazer e outros gastos — diz, acrescentando que há planilhas de controle financeiro disponíveis na internet gratuitamente. 

Porém para quem quer investir sem riscos, a planejadora defende que comprar título público ainda é mais seguro. Além disso, lembra que quem tiver saldo do FGTS compensa usar o montante para dar entrada no imóvel ou diminuir as parcelas.

O diretor comercial da Brognoli Vendas e CorretagemMarcos Alcauza, também defende que é um bom momento para comprar, porque não houve valorização de imóvel em 2015, então quando o mercado retomar, essa valorização será "exponencial". 

— As construtoras se retraíram e ali na frente vai faltar imóvel. Então se alguém tem capacidade de compra, é um excelente momento.

Impacto no mercado imobiliário catarinense será pequeno

Apesar de entidades e empresários ligados ao setor imobiliário reconhecerem que as mudanças serão positivas, eles consideram que o impacto ainda será pequeno devido ao público restrito que será atingido. O consultor jurídico da Associação Brasileira dos Mutuários da HabitaçãoVinicius Costa, afirma que as medidas devem modificar pouco o panorama de financiamento, porque hoje as pessoas estão mais receosas de parcelar diante da instabilidade econômica. 

— Vai atingir uma faixa de classe média alta e classe alta que não necessariamente precisa do financiamento. Se fosse direcionada, por exemplo, para as pessoas que estão esperando pelo Minha Casa Minha Vida talvez fosse uma medida mais impactante — defende.

O diretor da Brognoli acrescenta que como a mudança de teto inclui imóveis de alto valor, 90% das vendas não envolvem financiamento. Ele afirma que o período médio de venda para imóveis acima de R$ 1,5 milhão, que representam 20% do total de imóveis ofertados pela empresa, é de um ano, enquanto os de classe média, de até R$ 700 mil, giram em torno de seis meses. O  presidente do Sindicato da Habitação da Grande FlorianópolisFernando Willrich, é mais otimista e acredita que as medidas irão fomentar o mercado imobiliário, já que o empresariado se sentirá mais à vontade para investir neste padrão de empreendimento:

— Se você considerar imóveis acima de R$ 650 mil, tem bastante na nossa região, e tem comprador para isso. Mas também é um comprador que depende do financiamento. 

Em nota, a Caixa Econômica Federal, afirmou que "a opção de  elevar a quota e o teto do valor de financiamento, para as operações no SFI, faz parte de uma estratégia de ampliar o atingimento às classes de média e alta renda e, também, de contribuir para o reaquecimento do mercado imobiliário. Já a decisão de elevar o limite de financiamento para R$ 3 milhões parte do pressuposto que, com esse valor, é possível atender à maior parcela de imóveis ofertados para um público que pretende efetuar parte do pagamento com financiamento".

A expectativa do setor é pela redução dos juros para esse tipo de financiamento, o que deve impactar de forma mais significativa nas vendas. O banco estuda a personalização dos juros, mas não tem previsão de data de lançamento. 

DC



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