Acadêmico retorna de missão no Haiti

Jovem permaneceu de junho de 2010 a fevereiro de 2011 no 13º Batalhão de Infantaria de Força de Paz

Sergio Muehlbauer estuda Matemática em Mafra e foi indicado pelo então comandante do 5º RCC (Foto Divulgação)

Mafra/Porto Príncipe (Haiti) - Sergio Muehlbauer, acadêmico do curso de Matemática da UnC, campus Mafra, foi um dos militares que formaram o 13° Batalhão de Infantaria de Força de Paz no Haiti de julho de 2010 até fevereiro de 2011. Indicado pelo então comandante do 5º Regimento de Carros de Combate (RCC), tenente-coronel Raul Rodrigues de Oliveira, Sergio desenvolveu diversas atividades no Haiti, como a função de cozinheiro dos militares, de segurança na escolta de alimentos, de garçom, trabalhando em eventos e servindo autoridades e militares de outras nacionalidades e cozinhando para o 1° Pelotão do 4° Esquadrão de Fuzileiros Mecanizados, além no apoio logístico nas eleições.

Foram de cerca cento e sessenta dias "marcantes e inesquecíveis" na vida de Sergio, "dias de orgulho e honra por ter participado desta missão e ter contribuído para um ambiente seguro e estável, levando a paz para quem a deseja", como ele próprio define. Sergio relatou sua experiência, falando "do orgulho e da honra" em ter participado da missão, da qual lhe trouxe "uma vasta experiência". Ele frisou "sentimentos diferentes", como "a saudade da família, dos amigos, da faculdade, do quartel". Tocava seu coração, particularmente, quando estava com crianças.

VALOR

Ele ressalta também a tristeza de ver as pessoas "naquelas condições e não poder ajudar mais". Sergio deixa uma mensagem para os que acompanharam as tragédias somente pela imprensa: "Os meios de comunicação transmitem os acontecimentos, mas eles vão muito além; deem mais valor e agradeçam mais pelas coisas, não reclamem pela falta de opção no cardápio, pela roupa rasgada, pelo sapato velho, pelo excesso de chuva ou pela falta dela, pelo emprego ruim, pelo trânsito um pouco demorado. Moramos numa terra abençoada, em que temos oportunidades, condições de trabalhar, estudar, viver bem. Reflitam melhor sobre a vida, aproveitem melhor o tempo, visitem mais seus familiares e amigos".

O acadêmico finaliza dizendo que sua estada no Haiti foi uma "experiência enriquecedo-ra, tanto profissionalmente como pessoalmente". Ele explica: "Aprendi a dar mais valor às coisas, ver de uma forma diferente os problemas, agradecer mais, ajudar mais as pessoas. São muitas lembranças e aprendizados que lapidaram meu interior e que hoje me tornam um homem melhor".