Segundo a Polícia Civil, a motivação do crime seria patrimônio, já que os dois disputam um apartamento na Justiça. O delegado Wanderson Alves encaminhou o inquérito à Justiça, que deve decidir sobre a prisão do suspeito. A mulher não está mais hospitalizada.
Conforme Alves, o crime ocorreu em 25 de abril de 2015. No dia 28 de abril, a equipe médica do hospital Unimed, em Joinville, entrou em contato com a Polícia Civil para comunicar que foram encontrada três seringas no quarto da paciente que não foram ministradas pelos médicos do local.
Passava mal após visitas
Segundo a equipe médica, a mulher sempre passava mal sempre após as visitas do marido, que é técnico de enfermagem do Hospital Municipal São José. A bolsa de soro dela também foi encaminhada à polícia para análise. Após exames laboratoriais, foi constatada a presença de um tipo de de analgésico chamado alfentanila.
Conforme os peritos, a substância diminui a atividade respiratória, provoca rigidez dos músculos, náusea e vômito. A droga pode produzir dependência e até matar, em caso de superdosagem.
Mulher não acreditava na culpa do marido
De acordo com o delegado Alves, a investigação durou mais de um ano pelo grau de dificuldade nas análises laboratoriais e, principalmente, porque a mulher não acreditava na culpa do até então marido.
"Nos primeiros depoimentos, ela negou que ele tivesse algum tipo de envolvimento com a piora no quadro de saúde dela. Depois que teve alta, que as investigações transcorreram, ela começou a nos dar detalhes sobre a relação dos dois e sobre a situação, que a levaram a crer na culpabilidade", disse Alves.
Depois de dois meses internada, ela recebeu alta em julho de 2015, e nunca mais passou mal daquele jeito, conforme a Polícia Civil. A polícia enviou as seringas para o hospital São José, onde o homem trabalhava, e descobriu que elas pertenciam à instituição.
Homem roubava medicamentos do hospital
No último dia 7 de julho, os investigadores fizeram uma busca na casa do técnico em enfermagem. Eles encontraram remédios, ampolas, sabonetes clínicos, soro e mangueiras que injetam o soro nas veias na casa do suspeito.
O Hospital São José confirmou que o material pertencia à unidade de saúde e que o conteúdo foi devolvido. De acordo com a administração do hospital, no mesmo o dia o servidor foi afastado. Ele passa por um processo administrativo interno que pode culminar em demissão.
"Não solicitamos previamente a prisão preventiva pois ele não ofereceu resistência e prestou todos os esclarecimentos que solicitamos", disse o delegado Alves.
O casal trabalhava no mesmo hospital, ela na área administrativa do Hospital São José e ele na área médica.
G1