Preocupação com a destinação do óleo de cozinha

Como forma de incentivar ações para destinação correta do óleo de cozinha usado, o Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) de São Bento do Sul, colocou em prática o projeto “De Olho no Óleo”, iniciativa que consiste em recolher o resíduo, evitando danos à rede de esgoto, poluição da água, do ar e do solo. Para tanto, uma bombona preparada para o recolhimento de garrafas pet com o óleo foi disponibilizada em frente a sede da autarquia, na Rua Marechal Floriano, no Centro.

Para o presidente da autarquia, Osvalcir Peters, a ação tem proposta e o interesse de impedir que o óleo seja despejado no sistema de esgotamento sanitário do município. “O óleo de cozinha usado, quando descartado na rede de esgoto e na drenagem pluvial, prejudica o meio ambiente e, além de trazer consequências desastrosas, é considerado crime ambiental”, observa. Peters lembra que, segundo estudos, um litro de óleo é o suficiente para contaminar um milhão de litros de água.

A destinação das garrafas com óleo de cozinha usado poderá ser feito em qualquer horário, inclusive nos finais de semana, uma vez que sempre haverá um guarda trabalhando na autarquia. Com capacidade para cerca de 50 garrafas pet, o ponto de coleta também poderá se tornar itinerante. “Esse projeto é piloto e de acordo com a adesão da comunidade poderá se expandir para outros locais”, destaca ainda o presidente da autarquia que aponta para a competência do Samae na gestão dos resíduos.

Destinação passo a passo – A autarquia atenta aos passos para a destinação do óleo que deverá, após esfriar na panela, ser despejado com um funil em uma garrafa pet. Essa garrafa, explica a assistente social do Samae, que também é uma das idealizadoras do projeto, Mônica Zanchetin Tobias, deverá ser fechada para evitar odores e insetos. Por fim, a garrafa, já cheia, deverá ser depositada no coletor instalado junto ao Samae.

Parceria com a cooperativa de catadores – Todo óleo depositado no ponto de coleta será recolhido pela Cooperativa de Catadores de São Bento do Sul, que tem competência técnica para receber e dar a destinação final para o material. “O importante é a conscientização de que o óleo é um resíduo de difícil tratamento, que entope a rede de esgoto e por isso deve ser despejado somente em locais com essa finalidade”, conta Maria Lourdes Sperka, assessora da autarquia.