CAMPO ALEGRE FORMA MAIS 45 COSTUREIRAS

Em cinco semanas de treinamento, elas produziram cerca de 580 peças de roupas e ainda receberam a visita de representantes de uma empresa têxtil interessada em contratá-las

Prefeito Vilmar Grosskopf entregou os certificados em um clima de muita alegria (Foto Divulgação) Campo Alegre – O sorriso estampado no rosto não deixava dúvidas. As mulheres que participaram do curso de costura industrial, em Bateias de Baixo, estavam todas orgulhosas do resultado de seu esforço. Não é para menos: em cinco semanas de treinamento, elas produziram cerca de 580 peças de roupas e ainda receberam a visita de representantes de uma empresa têxtil interessada em contratá-las. A “formatura”, realizada no sábado, no salão do Clube de Idosos, teve direito a doces e salgados, preparados pelas próprias alunas. As formandas vestiam camisetas com uma inscrição bordada em fio rosa: “Fui eu que fiz”.

A procura pelo curso foi tanta que foi necessário fazer duas turmas em Bateias, uma à tarde e outra à noite. As 45 inscritas tiveram 100 horas de treinamento de corte e costura, essencialmente prático, ministrado por Enedina Siqueira, com auxílio de Aline de Souza. A prefeitura municipal, através do departamento de Assistência Social, pagou as instrutoras e os tecidos utilizados. As dez máquinas de costura foram adquiridas com recursos do Governo Federal.

ASSISTÊNCIA SOCIAL
O prefeito Vilmar Grosskopf anunciou que, na próxima semana, a Assistência Social abrirá novas inscrições, para mais uma turma em Bateias de Baixo. “Precisamos preparar mão de obra, pois há empresas da área têxtil seriamente interessadas em se instalar em Campo Alegre”, explicou. Para Grosskopf, diante das dificuldades por que passam as indústrias moveleiras, é necessário buscar a diversificação do setor produtivo, a fim de que as novas gerações de campo-alegrenses tenham onde trabalhar, sem precisar se mudar para cidades maiores.

Heveli Sell fez o curso com a intenção de trabalhar na área. “Foi muito bom mesmo”, define. A colega, Marili de Fátima do Bairro, pensou que teria mais dificuldade para aprender, mas isso não ocorreu. “Eu não sabia nada de costura e aprendi fácil. Cortar dá um pouco mais de trabalho”, comenta.  Sandra Mara Kerscher também não tinha experiência com costura e agora já pensa em usar os novos conhecimentos para trabalhar. “Foi excelente, fizemos muitas peças diferentes.”

Cada aluna separou três peças de sua produção para serem doadas a famílias de baixa renda, pela Assistência Social e levaram o restante para casa.