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“O Autismo não se cura, se compreende.”

Quarta, 13 de abril de 2016

Dia 02 de abril é o dia mundial da Consciência do Autismo. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), acredita-se que essa doença atinja cerca de 70 milhões de pessoas em todo mundo, afetando a maneira como essas pessoas se comunicam e interagem. 

“Autismo é uma maneira diferente de ver o mundo, com um jeito único de ser”.

 Todos os distúrbios do autismo, incluindo o transtorno autista, transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado do desenvolvimento não-especificado (PDD-NOS) e Síndrome de Asperger, fundiram-se em um único diagnóstico chamado Transtornos do Espectro Autista – TEA.

O TEA é uma condição geral para um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou logo após o nascimento. Esses distúrbios se caracterizam pela dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos. Embora todas as pessoas com TEA partilhem essas dificuldades, o seu estado irá afetá-las com intensidades diferentes. Assim, essas diferenças podem existir desde o nascimento e serem óbvias para todos; ou podem ser mais sutis e tornarem-se mais visíveis ao longo do desenvolvimento.

O TEA pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades de coordenação motora e de atenção e, às vezes, as pessoas com autismo têm problemas de saúde física, tais como sono e distúrbios gastrointestinais e podem apresentar outras condições como síndrome de déficit de atenção e hiperatividade, dislexia (dificuldade para ler ou escrever)  ou dispraxia (dificuldade no desempenho dos movimentos). Na adolescência podem desenvolver ansiedade e depressão.

Algumas pessoas com TEA podem ter dificuldades de aprendizagem em diversos estágios da vida, desde estudar na escola, até aprender atividades da vida diária, como, por exemplo, tomar banho ou preparar a própria refeição. Algumas poderão levar uma vida relativamente “normal”, enquanto outras poderão precisar de apoio especializado ao longo de toda a vida.

O autismo é uma condição permanente, a criança nasce com autismo e torna-se um adulto com autismo.

Assim como qualquer ser humano, cada pessoa com autismo é única e todas podem aprender.

“Pessoas com autismo não mentem, não julgam, não fazem jogos mentais.

Talvez possamos aprender alguma coisa com elas.” – Autor desconhecido

As pessoas com autismo podem ter alguma forma de sensibilidade sensorial. Isto pode ocorrer em um ou em mais dos cinco sentidos – visão, audição, olfato, tato e paladar – que podem ser mais ou menos intensificados. Por exemplo, uma pessoa com autismo pode achar determinados sons de fundo, que outras pessoas ignorariam, insuportavelmente barulhentos. Isto pode causar ansiedade ou mesmo dor física.

Alguns indivíduos que são sub sensíveis, podem não sentir dor ou temperaturas extremas. Algumas podem balançar rodar ou agitar as mãos para criar sensação, ou para ajudar com o balanço e postura ou para lidar com o stress ou ainda, para demonstrar alegria.

As pessoas com sensibilidade sensorial podem ter mais dificuldade no conhecimento adequado de seu próprio corpo. Consciência corporal é a forma como o corpo se comunica consigo mesmo ou com o meio. Um bom desenvolvimento do esquema corporal pressupõe uma boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e temporais, e da afetividade.

As pessoas com TEA podem se destacar em habilidades visuais, música, arte e matemática.

Ainda:

• A maioria das pessoas com autismo é boa em aprender visualmente;

• Algumas pessoas com autismo são muito atentas aos detalhes e à exatidão;

• Geralmente possuem capacidade de memória muito acima da média;

• É provável que as informações, rotinas ou processos uma vez aprendidos, sejam retidos;

• Algumas pessoas conseguem concentrar-se na sua área de interesse especifico durante muito tempo e podem optar por estudar ou trabalhar em áreas afins;

• A paixão pela rotina pode ser fator favorável na execução de um trabalho;

 

“As crianças especiais, assim como as aves, são diferentes em seus vôos. Todas, no entanto, são iguais em seu direito de voar.”

- Jesica Del Carmen Perez

 

Precisamos entender que não é nem um pouco fácil. Mas há amor, há beleza, felicidade, vida, aprendizado, e tudo mais. Basta se informar, se dedicar, readequar um pouco as expectativas e aprender a comemorar vitórias diferentes, mas igualmente válidas.

O mais importante é que aprendamos a respeitar a diferença de cada um, e entender que o autismo é uma parte desse mundo, e não um mundo à parte.

 

Paz e Luz à todos, e um maravilhoso final de semana.



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