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As feiras de cara nova

Segunda, 28 de março de 2011

Barracas, materiais e equipamentos devem estar disponíveis em cerca de duas semanas; aproximadamente sessenta produtores serão beneficiados com o programa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, coordenado pela Secretaria Municipal de Agricultura

 

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Geleias, melado, mus, pães, bolachas, "joelhos" e "orelhas de gato", entre outros: o casal João e Matilde Kerscher expõe há mais de vinte e cinco anos no Centro (Foto Elvis Lozeiko/Evolução)
 

Dentro de duas semanas, aproximadamente, a Secretaria de Agricultura de São Bento do Sul terá disponível uma série de materiais e equipamentos que serão utilizados para dar vida nova às feiras livres do município. Com verbas federais - R$ 234 mil -, o governo municipal beneficiará sessenta produtores com barracas apropriadas (uma para cada expositor), cestos, balcões, balança eletrônica, lixeiras, banheiros químicos com pia e materiais de consumo (aventais, luvas, toucas, papéis-toalha, mesas, caixas plásticas, caixas térmicas, etc). Os recursos são do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. "O dinheiro já está na conta", explicou Edimar Geraldo Salomon, o Edi, secretário municipal de Agricultura. As três empresas vencedoras da licitação têm quinze dias para entregar os materiais.

Segundo Edi, seis locais diferentes receberão as feiras. A princípio, Centro, Oxford, Cruzeiro, Serra Alta e Centenário serão os bairros contemplados. No Centro, a atual feira, localizada em um terreno alugado, nas proximidades do Corpo de Bombeiros, pode ser transferida de local - e, dependendo da demanda, até duas podem ser instaladas. A praça Getúlio Vargas e as instalações do antigo prédio da Móveis Leopoldo estão cogitadas. Conforme Edi, locais e horários adequados serão estudados com os próprios produtores, de acordo com as necessidades dos consumidores. No Centro, por exemplo, a feirinha localizada ao lado do Corpo de Bombeiros é realizada nas quartas e sextas atualmente.

 

MELHORES CONDIÇÕES

"Vim para cá (Secretaria de Agricultura) para dar melhores condições aos agricultores", declarou o secretário responsável pela pasta, que recebeu a Reportagem do Evolução nesta quarta-feira. De acordo com Edi, promover tais melhorias "foi uma solicitação do prefeito Magno Bollmann". Os agricultores que desejarem participar como expositores das novas feiras devem se cadastrar no prédio do antigo Fórum, no Centro, onde hoje funciona o Ipresbs, o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais. Não há custo algum para fazer a inscrição e o faturamento decorrente da venda de produtos ficará integralmente com os produtores. 

Um dos expositores da feirinha do Centro é o senhor João Kerscher, 66 anos de idade, há mais de 25 trabalhando no local. Nas quartas-feiras, ele expõe juntamente com sua esposa, dona Matilde, 64 anos. Morador do bairro Rio Negro, o casal vende produtos como geleias, melado, mus, pães, bolachas, "joelhos", "orelhas de gato", etc. "Tudo produção própria", conta ele, explicando que é expositor desde "quando começaram a montar a feira".

 

ATUALMENTE, VÁRIAS DIFICULDADES

Conforme o senhor João, nem sempre todos os produtos estão disponíveis. "Não damos conta de fazer tudo", disse. Ele expõe também na praça Getúlio Vargas - vendendo, no caso, salgados como pastéis e coxinhas, entre outros. A dona Matilde comemora as melhorias que estão anunciadas nas feiras. "Já esperamos há muitos anos", conta. Além da estrutura física própria para a atividade, o projeto de revitalização das feiras livres inclui ainda a capacitação dos próprios feirantes, com curso de Administração Rural, Manejo da Produção e Desenvolvimento Sustentável.

Segundo ela, na atual feirinha do Centro às vezes encontra dificuldades de toda ordem, como a presença de "cachorros e mendigos", por exemplo. A estrutura física local está cheia de problemas e as condições sanitárias são inadequadas. Isso sem falar nas intempéries naturais. "Já enfrentei cada tempo feio...", recorda o senhor João. Juntos há 43 anos, eles dividem a produção de doces e salgados para exposição e venda. "Nós dois fazemos juntos", relata a dona Matilde. Eles participam neste final de semana da Feira de Páscoa que acontecerá no Bandeirantes, de hoje até domingo, das 10:00 às 21:00.

 

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Merenda escolar: 25 mil refeições por dia em São Bento do Sul (Foto PMSBS/Divulgação)
 

VENDA DIRETA

Outro projeto encabeçado pela Secretaria Municipal de Agricultura, que já está em execução desde o ano passado, é a aquisição de produtos da agricultura familiar pelo município para a merenda escolar - este em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e com o Ministério da Educação. O governo federal exige que pelo menos 30% da merenda escolar sejam compostos por estes produtos. "Já estamos em 35%", relata Edi. Conforme ele, futuramente o sistema poderá inclusive "ser autossuficiente", ou seja, a merenda escolar são-bentense poderá toda ser fornecida pelos próprios agricultores familiares do município.

Por enquanto, doze produtores participam, fornecendo diferentes produtos, como, por exemplo, beterraba, couve-flor, repolho, brócolis, cenoura, vagem, aipim e leite, entre outros. "O feijão também poderá ser incluído", analisa o secretário de Agricultura. Conforme ele, os agricultores interessados também devem se cadastrar - no mesmo local, no prédio do Ipresbs. O governo federal repassa cerca de R$ 250 mil semestrais ao município para desenvolvimento do programa. Na Rede Municipal de Ensino são preparadas cerca de vinte e cinco mil refeições diariamente. Além de pagar pela produção diretamente ao produtor dos alimentos, o governo municipal também "busca na origem" os produtos, conforme define Edi. "Ele (o produtor) planta, cultiva e vem receber o pagamento", explica.

 

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“Vim para cá para dar melhores condições aos agricultores” (Foto Elvis Lozeiko/Evolução)
 

ASISSTÊNCIA TÉCNICA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

Agregando atividades aos trabalhos já desenvolvidos em São Bento do Sul, mais um programa do governo federal, através do Ministério do Desenvolvimento Agrário, chega ao município - na realidade aos quatorze municípios integrantes do Território da Cidadania do Planalto Norte, com investimentos que ultrapassarão R$ 1,4 milhão. O projeto consiste no oferecimento de assistência técnica, através de um técnico agrícola, com atendimento nas propriedades e em reuniões coletivas, diagnosticando a produção familiar e realizando o planejamento participativo, entre outras ações. Em São Bento do Sul, serão setenta e sete famílias de agricultores familiares. Os interessados igualmente devem se dirigir ao prédio do Ipresbs, no Centro, para fazer o cadastro.

Os investimentos decorrentes da parceria governo federal-governo municipal não param por aí. Junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia, foram captados R$ 113 mil para aplicar na produção orgânica de tomates, o produto-piloto do programa. Inicialmente, dez agricultores devem ser beneficiados com maquinário para produção de polpa de tomate, o que garante agregação de valor. Também haverá curso de capacitação através do projeto. Conforme o secretário municipal de Agricultura, dez estufas serão construídas para a produção orgânica, cada uma com 500 m². De acordo com Edi Salomon, a ideia futura é criar uma agroindústria especificamente voltada para a produção orgânica. Maiores informações podem ser obtidas na Secretaria Municipal de Agricultura, pelo fone 3633-1132 ou pelo e-mail agricultura@sao bentodosul.sc.gov.br. (E.L.)



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