Se você vai se omitir porqe julga que os candidatos não são bons, lembre-se: são frutos do nosso meio
Domingo estaremos novamente frente à frente com as urnas, com nossa consciência e com o dever de cidadão de escolher o próximo presidente da República. Muitos daqueles que criticam os políticos e que têm no voto o poder de pelo menos tentar mudar as coisas, não estão nem aí para as eleições. Será grande o número daqueles que não deixarão de emendar o feriadão e por esta razão deixarão de votar e estarão prorrogando sua decisão, seu envolvimento, seu exercício de cidadania, demonstrando sua omissão. Parece-nos que são pouquíssimos os políticos honestos, decentes, inteligentes, capazes, íntegros, de caráter ilibado. Queremos crer que ainda existam: e os há, mas são muito poucos.
No que atine aos partidos, pelo que tem ocorrido desde há muitos anos, pelo que tem sido noticiado - verdades objetivas, fatos e não "juízos de valor" (mesmo que neguem ter os mesmos ocorrido) -, nenhum deles tem todos os seus membros impolutos. Verdade que não se pode esperar por "anjos", mas deve-se, sim, procurar por criaturas íntegras, capazes, com boas intenções, que não se verguem jamais a pressões - quaisquer que elas sejam. Que não façam acordos hipotecando a ética, que não façam da política material de escambo: que não a transformem em "mercado persa".
Se você vai se omitir porque julga que os candidatos não são bons, lembre-se: são frutos do nosso meio. Foram eles que lutaram e contribuíram para que domingo possamos estar escolhendo livremente quem irá conduzir o destino do país. Nestas eleições de 2010, quem se informou se tornou descrente. Quem não se informou e se deixou influenciar por boatos, mentiras, calúnias e difamações foi objeto de manobra dos "mulas eletrônicos". O Brasil mudou. Está mudando - e para melhor. O que não podemos é retroceder e perder as esperanças. Direita, volver, nunca mais. Em frente! Marcha!