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Henrique Fendrich

rikerichgmail.com

Henrique Fendrich (Crônica de São Bento)

Jornalista são-bentense residindo em Brasília/DF


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Um assalto

Segunda, 07 de março de 2011

Imagino que em São Bento as coisas ainda sejam mais tranquilas. Nem todo mundo pode se vangloriar de ter sobrevivido a um assalto. Até algum tempo, eu era como o Cristóvão Tezza: jamais havia sido assaltado, a não ser pelas instituições oficiais - o governo, o Estado. Mas um dia as coisas mudaram. E não foi aqui em Brasília, como se poderia supor. Foi em Curitiba, a mesma Curitiba que até hoje poupou Tezza. A mim, não poupou.

Eu voltava de uma palestra, alguma coisa sobre literatura. Foi no centro da cidade. Era por volta de 21:00 e comecei a caminhar para pegar um ônibus. No outro lado da rua, vi dois rapazes que poderiam muito bem ser suspeitos. Vieram na minha direção e alguma coisa na expressão deles dizia que não estavam a fim de discutir literatura.

Tive certeza disso quando eles me alcançaram e um deles apontou uma faca para mim e disse: "Passa o celular". Imaginei que ele não estava se referindo ao número. Não quis verificar se a sua faca estava carregada, e então resolvi entregar o celular - e entreguei com uma incrível calma, meio aborrecido, como se estivesse pagando meus impostos.

Era um modelo antigo e estava sem crédito. Talvez até sem bateria. Para não sair no prejuízo, resolveram ainda levar uns R$ 30,00 que eu trazia comigo. Feito isso, despediram-se. Havia uma mulher logo atrás de mim e que perguntou se eu havia sido assaltado. Quis me pagar a passagem, mas recusei: havia R$ 2,00 que os bandidos não conseguiram achar.

 

Vários assaltos

Não há dúvidas, esse negócio de roubar anda crescendo. E roubar qualquer coisa. Ainda esses dias, li a triste notícia do roubo de um gnomo de jardim. Como se não bastasse tamanha crueldade, os bandidos levaram ainda um sapo e uma centopeia que também enfeitavam a entrada da casa. Não sei a qual tipo de ácido devo atribuir esses roubos.

Foi em São Paulo. Por lá também, uma amiga notou que, da noite pro dia, sumiu o poste que indicava o nome da sua rua. Sugeri que fosse obra de algum duende brincalhão, e que logo encontraríamos o poste onde menos esperássemos - o que não aconteceu.

Na mesma cidade, fiquei sabendo da perigosa máfia do pino de pneu - uma quadrilha muito bem organizada e que, aparentemente, é especializada em roubo de pino de pneu. Não há coisa nesse mundo que não possa ter uma serventia maligna.

 

Política

Pode parecer estranho, mas São Bento já foi muito mais violenta - ou, ao menos, os partidos políticos já foram mais violentos. Hoje em dia, os dois principais partidos da cidade brigam, discutem, se ofendem até a sétima geração, mas não vão muito além disso. Antigamente, os partidos divergiam até a morte - literalmente!

Em 1897, por exemplo, houve dois assassinatos políticos. João Filgueiras de Camargo, líder republicano, foi um deles. Foi morto por amor e política - duas coisas que podem ser fatais. Depois, foi a vez de Alberto Malschitzky, presidente da Câmara. Morreu porque sugeriu a saída de um promotor público. O promotor, bem se vê, não levou na esportiva.

E houve ainda muitas acusações, e deve ter sido assim por todo o Brasil. Diante disso, é com certo receio que acompanho a política nacional aqui em Brasília. Nunca se sabe o dia em que decidirão retomar os antigos métodos.

 

Saudações!



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