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Jubileu áureo na vida religiosa

Segunda, 07 de março de 2011

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"Deus é meu socorro. O Senhor sustenta a minha vida", diz ela, referindo-se ao Salmo 54, versículo 6, complementando: "Por isso estou aqui, com alegria e saúde" (Foto Elvis Lozeiko/Evolução)
 Irmã Dionice completou
cinquenta anos de dedicação à Congregação da Divina Providência

 

Rosita Corrêa de Lyra, nascida em Porto Alegre/RS, há 77 anos, mudou-se para Blumenau/SC ainda criança, aos 4, por conta da profissão do pai Cleodon - que era militar. Em solo catarinense, estudou em escola pública e, aos 22 anos, passou a lecionar no Colégio Sagrada Família, privado. "Lá começou a despertar minha vocação", conta. O motivo? "Um grande amor pelas crianças, principalmente as mais simples". Em épocas de Natal e Páscoa, por exemplo, lutava para dar datas mais alegres e mais dignas aos pequeninos. Quando estava com 26 anos, entrou na Congregação das Irmãs da Divina Providência, tendo que adotar um nome religioso. Surgia ali, em 19 de fevereiro de 1961, há cinquenta anos, a Irmã Dionice, nome escolhido a partir da junção de Dionísia e Cleonice, respectivamente nomes da mãe e da irmã mais nova. Ela chegou a sugerir ambos os nomes para sua identificação religiosa, mas a congregação já continha em seus quadros a Irmã Dionísia e a Irmã Cleonice.

Sair da vida civil e passar a dedicar-se à vida religiosa, conta ela, "foi difícil", principalmente por ter de se separar dos pais e ir morar em outra cidade - no caso, Florianópolis, onde passou a atuar na Província Coração de Jesus. A maior parte dos familiares permaneceu em Blumenau. Irmã Dionice fez os chamados "primeiros votos" (temporários, válidos por dois anos) em 1964 e os "votos perpétuos" em 1969 - votos de pobreza, castidade e obediência. Na ocasião, vinte e cinco mulheres entraram na congregação. Apenas cinco, contando ela própria, seguiram a vida religiosa: duas estão em Florianópolis, uma está em Curitiba e outra, a Irmã Elza dos Santos, coincidentemente também atua em São Bento do Sul, no Hospital e Maternidade Sagrada Família.

 

NATUREZA, POVO E ACOLHIMENTO

Antes de chegar em São Bento, em 2001, Irmã Dionice foi educadora em Lages/SC e passou por Curitiba/PR, onde foi coordenadora da Província (sede da regional a que pertence São Bento do Sul), o que lhe rendeu inclusive algumas viagens internacionais. "Foi um privilégio e uma responsabilidade", resume. Na época, já conhecia São Bento do Sul - "por intermédio de outras Irmãs", segundo ela. Irmã Dionice não só conhecia a cidade como a "admirava", segundo ela própria define, "pela natureza, pelo povo e pelo acolhimento". Ela acabou designada para atuar em São Bento, iniciando como orientadora da Educação Infantil no hoje denominado Colégio Bom Jesus São José, onde permanece até hoje auxiliando na mesma área.

Mesmo chegando às cinco décadas de vida religiosa, Irmã Dionice fala em "renovação", destacando que louva e agradece a Deus. "Ele me preservou", define. "Desejo acolher com amor e confiança os aspectos mais significativos da minha vida nestes cinquenta anos de vida consagrada como Irmã". Com 77 anos de idade, ela lembra datas com exatidão, entre elas a de 3 de novembro de 1842, que marca a fundação da Congregação das Irmãs da Divina Providência, em Münster, Alemanha, através do padre Eduardo Michellis. "Ele dizia que as Irmãs deveriam cultivar algumas características: sermos simples, alegres e confiantes", explica Irmã Dionice, registrando, porém, que nos dias atuais poucas pessoas seguem tal caminho, pois "a vida religiosa é desafiadora diante da situação geral da sociedade".

 

SUSTENTÁCULO

Questionada sobre a tal "situação geral da sociedade", Irmã Dionice declara que atualmente existe "uma inversão de valores", que "Deus está muito ausente nas famílias" e que muitas "substituem Deus pelo poder e pelo dinheiro". Por outro lado, comemora o carinho que os pequeninos sentem por ela. "Como as crianças cativam!", expressa. Ela também convive com adolescentes no colégio e frisa "o respeito dos jovens" na instituição. Encerrando a entrevista, Irmã Dionice deixa registrado o que chama de "lema", na realidade o Salmo 54, versículo 6: "Deus é meu socorro. O Senhor sustenta a minha vida", diz ela, acrescentando: "Por isso estou aqui, com alegria e com saúde".

 

CELEBRAÇÃO

Tamanha disposição reflete também em suas atividades na "Pastoral da Escuta" da Paróquia Puríssimo Coração de Maria, para a qual atua às quintas-feiras, fazendo o trabalho de ouvir as pessoas que vou conversar, ou pedir conselhos, ou simplesmente desabafar. É na Igreja Matriz Puríssimo Coração, aliás, que será realizada, sob comando do padre Claudinho Piontkewciz, uma celebração eucarística comemorativa aos cinquenta anos de vida religiosa da Irmã Dionice, no dia 13, domingo, às 9:30. Além da presença de amigos e familiares, a religiosa aguarda também a presença da própria comunidade são-bentense. (E.L.)



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tereza vaz


Ainda existem pessoas que fazem da sua vida uma vida de doação... Não nescessáriamente precisamos contribuir com doaçoes, ou sair por ai mostrando aos outros... Muitas vezes precisamos apenas mostrar as pessoas o seu potencial, mostrar a sua fé, o acreditar em si mesmas... E a partir deste momento voce com certeza esta dando a mão a alguém. Esta senhora é um exemplo...Infelismente vivemos num mundo egoista, não se sabe mais ouvir ....

Responder      09/03/2011

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