Está aberto, a partir de hoje, o júri popular do 2º Prêmio RBS de Educação. O concurso vai premiar iniciativas de educadores que desenvolvem projetos de mediação de leitura e de jovens com propostas de incentivo à leitura em três categorias: Escola Pública, Escola Privada e Jovens Protagonistas.
Promovido pela Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, com assessoria técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), o concurso premia práticas em qualquer área do conhecimento – não apenas em Português e Literatura – em escolas públicas e privadas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Foram 1.223 textos inscritos nos dois Estados – especialistas em educação definiram os 16 melhores projetos. Serão R$ 156 mil distribuídos entre finalistas, vencedores e instituições.
COMO VOTAR
• Acesse o site do prêmio: http://premiorbsdeeducacao.com.br
• Assista aos vídeos e escolha o seu finalista preferido.
• A votação vai até 21 de novembro, quando ocorre a solenidade de premiação.
• Durante a cerimônia serão anunciados os vencedores eleitos tanto pelo voto de especialistas quanto os escolhidos pelo público.
Desta segunda até quarta-feira, o Diário Catarinense apresentará os finalistas das três categorias. Além da escolha feita pelos internautas, um júri especializado vai eleger o vencedor no quesito Escola Pública e outro na categoria Escola Privada em Santa Catarina.
Confira as duas finalistas catarinenses entre os jovens protagonistas, que serão escolhidos apenas por votação popular:
Céu das letras para crianças
Cristina Marschall
São Bento do Sul
• Sociedade Educacional CRS Ltda – Colégio Global
• Projeto Um CEU para ler: estímulo à leitura no bairro mais populoso de São bento do Sul, voltado à comunidade em vulnerabilidade social e desenvolvido no Centro Unificado de Artes e Esportes.
Basta atravessar o trilho para chegar ao céu. Na comunidade do bairro Serra Alta, em São Bento do Sul, no Norte do Estado, será assim depois que o projeto finalista do Prêmio RBS de Educação "Um CEU para ler" ganhar corpo.
A aluna do 9º ano do Colégio Global, Cristina Marschall, percebeu que o Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), inaugurado em dezembro, precisava de vida. Inscreveu a proposta de transformar em leitoras as crianças de cinco a 12 anos, moradoras da Vila Schwarz, do outro lado da estação de trem desativada.
– Queremos que as crianças cheguem ao céu com a leitura – diz a garota de 14 anos.
Cristina e a ajudante, a amiga Eduarda Filhakoski, desejam que as crianças do bairro mais populoso da cidade consigam um futuro melhor. Ela acredita que a leitura abre possibilidades, permitindo aos adultos do futuro "pensar melhor e atuar mais na sociedade".
Os próprios alunos da turma das meninas poderão ajudar na contação de histórias e nas leituras orientadas, que devem ocorrer duas vezes por mês.
As crianças que brincam entre os dormentes do trilho poderão ouvir as histórias dos 300 livros infantis e infanto-juvenis que serão comprados para o projeto. Um personagem será criado e alguém vai se fantasiar para contar as histórias.
O CEU fica cinco quilômetros distante do colégio e o transporte será oferecido pela escola. Cristina e Eduarda acreditam no sucesso.
– Tem projeto que precisa de um chute para funcionar. Este, só de um empurrãozinho – defende Eduarda.