Pior: no atual governo estão adquirindo um caráter partidário e eleitoral. Todos os secretários estão sendo indicados por partidos e por parlamentares. Não se conhece um único caso em que a escolha recaiu sobre um gestor competente na região, um profissional liberal de prestígio ou um empresário que se dispusesse a tocar a máquina estadual. São todos afilhados partidários. Irão todos, a partir da escolha, trabalhar pela reeleição de seus padrinhos políticos ou por seus próprios projetos eleitorais.
O Estado de Minas Gerais tem sido apontado, nos últimos oito anos, como o melhor em gestão pública no Brasil. Aécio Neves cuidou da política em dois mandatos de governador; o vice, Antônio Anastasia, comandou a máquina. Vinha da academia, com mestrado em Direito Administrativo. Vicente Falconi, o mais festejado consultor de gestão administrativa no Brasil, deu a cartilha.
Minas Gerais tem 586 milhões de quilômetros quadrados de área e 20 milhões de habitantes. O governo mineiro conta com apenas 22 secretarias, 20 autarquias, 16 empresas e fundações. Santa Catarina possui um território com 96 milhões de quilômetros e 6 milhões de habitantes. O governo tem 59 secretarias (23 secretarias centrais e 36 secretarias regionais) e 29 empresas e fundações. O PIB mineiro é três vezes maior do que o catarinense. E, para completar: Minas tem 856 municípios, contra 293 de Santa Catarina.
Dá para comparar competência, estrutura, eficiência e gestão?