São Bento - Se fosse pelo quesito pontualidade, o Semeador 11 seria aprovado com louvor, se fosse pela competência e pela qualidade das apresentações, a nota seria a mesma. Eram exatamente 20h de quarta-feira quando a música tema da Associação de Parkinson tomou conta da Sociedade Bandeirantes; “Tocando em frente”, cantada de forma vibrante por um coral formado pelos membros da Associação e alguns convidados, sem qualquer aviso anterior, abriu o evento e foi merecedor da chuva de aplausos que se seguiu à apresentação.
Leandro Panneitz e Alceu Milszcevski vieram a seguir e o acordeão e o baixo deram um belo toque instrumental tocando a música “O Sol”, uma vez que “Sol” era o tema do evento deste ano. De repente, uma pipa carregado por Pedro Henrique, de dez meses, no colo do pai, passeou pela plateia enquanto a mãe declamava o poema “O menino de Navegantes”, contando o que aprontava com sua pipa.
Assim começou o Semeador, e o que se seguiu fez jus a seu início. Canções, música instrumental, mais poemas, de líricos a divertidos, como o “Matuto Incrementado”, declamado por Aparecido Vasconcelos, arrancando risadas dos expectadores.
Ao final, com todos os artistas no palco, Vitor e Rafael Buchmann “puxaram” “Luar do Sertão”, com participação dos artistas e da plateia, que cantou entusiasmada, acompanhando a letra projetada em telões, com slides montados pelo fotógrafo Márcio Neumann, mesclando suas fotografias bucólicas com a letra da música.
A sensação, no Bandeirantes lotado foi a que se repete a cada ano: “Quero mais”. Eládio Hubner veio de Garuva e resumiu bem o sentimento de quem assistiu o show: “Vim só para ver, foi a primeira vez, mas valeu a viagem e muito mais”.