Mais de 20 dias após o término da greve dos Correios, os catarinenses ainda sofrem com o atraso na entrega de contas e correspondências. Para minimizar o impacto causado pela paralisação e normalizar os envios, a estatal realizará um mutirão nas unidades onde há maior volume represado.
De acordo com o assessor de comunicação dos Correios em Santa Catarina, Genésio Silva, a ação deve ocorrer ao longo dos próximos sete dias e irá contar com o deslocamento de funcionários de outras unidades para o apoio operacional onde o volume de correspondências acumulado é grande.
Silva diz que as correspondências atrasadas estão sendo entregues aos poucos, juntamente com as cargas do dia a dia.
— Uma unidade recebe em média 30 mil objetos por dia. Além dessas entregas, completamos a carga com 7 mil objetos atrasados por conta da greve — explica o assessor.
Silva conta ainda que o maior volume represado no Estado está na unidade de Itajaí, com cerca de 230 mil objetos esperando para ser entregues. Outro local onde ainda há um grande acúmulo é São José, com 30 mil correspondências e contas atrasadas, e uma das unidades de Florianópolis, com cerca de 150 mil objetos represados. Nas demais cidades onde os funcionários aderiram à paralisação, o fluxo já está normal, segundo Silva.
Ele explica que durante o período de normalização, o ideal é que as pessoas aguardem a correspondência em casa e não buscá-la em uma das agências da empresa.
— O funcionário irá deixar de atender uma coletividade para dar atenção a apenas um pedido, e isso poderá atrasar ainda mais as entregas. A melhor contribuição é aguardar em casa — destaca Silva.
O assessor de comunicação dos Correios diz também que a greve, que durou 43 dias, não impactou a entrega de encomendas, cartas registradas, Sedex e PAC, cuja operação funcionou normalmente durante a paralisação.