A greve dos agentes penitenciários causou tumulto na manhã desta quinta-feira, depois que a categoria fechou a rua que dá acesso ao Presídio Regional de Joinville e Penitenciária Regional. A confusão começou quando a defensora pública estadual Ana Carolina Dihl Cavalin não teve o apoio dos funcionários para conversar com os presos do Presídio. A entrada dela não foi proibida, mas os agentes não garantiram segurança e se recusaram a acompanhá-la até o local, apesar de oferecerem as chaves das celas.
- Vou entrar com uma ação cautelar contra o Estado, pois fui impedida de realizar o meu trabalho. Eu preciso de uma sala reservada para conversar com eles, pois tenho prazo para fazer a defesa. Dessa forma, eles vão ficar presos mais tempo do que o necessário - explicou a defensora pública estadual.
Ela também enfatizou que a defensoria pública tem o direito de entrar sem agendamento prévio no Presídio. Outro argumento dela é de que o presídio não pode continuar funcionando com apenas 30% do efetivo, pois dá margem para uma rebelião e que a população será a principal prejudicada com isso.
Durante a discussão, os agentes penitenciários se defenderam afirmando que a greve foi deflagrada porque a categoria busca melhores condições salarias. Apesar dos trabalhos estarem paralisados, parte dos funcionários está trabalhando para manter a segurança no Presídio.
- Nós não impedimos a entrada dela, mas agora será assim, pois as nossas atitudes não tiverem efeito até agora - disse o agente penitenciário Ferdinando Gregório da Silva.