Com a presença de representantes da sociedade civil, instituições públicas e privadas, ocorreu na quarta-feira à noite, 19, no auditório do Centro Administrativo Leopoldo Zschoerper, audiência pública para apresentação da versão preliminar do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS-SBS).
O refeito Fernando Tureck abriu as atividades explanando sobre a importância de preservar o meio ambiente. “Foi-se o tempo em que era necessário apenas depositar o lixo no aterro. Hoje temos que trabalhar de uma forma integrada, destinando corretamente os resíduos e cuidando dos nossos rios, do meio ambiente em geral”, comentou.
A audiência foi ministrada pelo engenheiro Cesar Arenhart, da BSA Engenharia, que apresentou números e possibilidades para a implantação em São Bento do Sul, de uma política para os resíduos sólidos, um avanço para o município, tratando com prioridade o tema de tamanha responsabilidade nos dias atuais.
Elaborado conforme as disposições da Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS, criada pela Lei nº. 12.305, de 02 de agosto de 2010 e regulamentada pelo seu Decreto n° 7.404 de 23 de dezembro de 2010, além do artigo 19 da Política Nacional de Saneamento Básico – PNSB, Lei nº 11.445 de 05 de janeiro de 2007, regulamentada pelo seu Decreto n° 7.217 de 21 de junho de 2010, o PMGIRS constitui o relatório contendo o diagnóstico e prognóstico do sistema de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos gerados no município de São Bento do Sul.
Foi desenvolvido considerando-se o período de planejamento de 20 anos, projetados, para os anos de 2014 a 2033 e deverá ser revisto em prazo não superior a quatro anos, conforme as legislações citadas, levando sempre em consideração à elaboração do Plano Plurianual do Município.
“Hoje, já estamos discutindo para onde pode ir uma lâmpada florescente. Mas não adianta pensar que num estralar de dedo tudo será resolvido. Mas já é um grande avanço a elaboração deste plano de metas”, explica o palestrante.
Lixo em São Bento – No município, a média de lixo produzido por pessoa/por dia na cidade é de 0,53 kg, abaixo da média nacional. “Temos que enaltecer esse esforço do Samae para ser o gestor deste serviço. Porém, é preciso a contribuição da população. No estudo, também se revelam mais de R$ 2 milhões de taxas que não foram pagas pela população e que fazem falta para investimentos”, revelou o palestrante.
Aterro Sanitário – Após a palestra, foi aberta ao público a rodada de perguntas e dentre os assuntos estava a situação do aterro de São Bento do Sul, que está interditado. Sobre isso, o presidente do Samae, Osmar Telma, mostrou a preocupação e os investimentos realizados pela autarquia.
“Estamos tomando todas as medidas determinadas pelo judiciário para termos a reavaliação e reabertura do aterro. Investimos na troca da manta da terceira lagoa. Também contratamos uma empresa para avaliar uma possível contaminação do solo, através de um estudo geofísico da área total do aterro que compreende as atuais células e o antigo maciço, operado por mais de 30 anos. Este estudo é uma espécie de ultrassom e o produto deste estudo será apresentado ao Samae já nas próximas semanas. Também fizemos a aquisição de uma Estação de Tratamento compacta, para fazer o tratamento físico-químico do Chorume. A ordem total dos investimentos já realizados durante o ano passado ultrapassa os R$ 200 mil”, explica.
Osmar comentou ainda, que o valor pago para levar o lixo ao aterro de Mafra tem sido quase três vezes maior que aqui em São Bento, de R$ 54 para R$ 144. “Estamos preocupados e tomando todas as medidas necessárias. Queremos normalizar essa situação do aterro para buscarmos as soluções de Gestão Integrada dos Resíduos e promover o saneamento ambiental”, finaliza o presidente da autarquia.