O temporal com duração de uma hora e meia no início da noite desta terça-feira em Joinville deixou a Defesa Civil do município em alerta. Isso porque no período choveu 70 milímetros, sendo que o esperado para todo o mês de março são 300 milímetros, o que causou pelo menos 70 pontos de alagamento pela cidade.
O grande volume de chuva foi suficiente para alagar ruas nas zonas Norte, Sul e central, e também para causar prejuízos com quedas de muros, árvore e deslizamentos. Na rua Coronel Santiago, no bairro Anita Garibaldi, uma árvore caiu sobre um carro que trafegava no local.
A chuvarada também atrapalhou a volta para casa dos joinvilenses usuários dos coletivos. No terminal central, os passageiros precisaram ser retirados de barco pelos bombeiros voluntários, já que o nível de água alcançou cerca de um metro de altura.
Em ruas como a 9 de Março, no Centro, a água também chegou a altura da cintura dos que se arriscaram a passar pelo local. A João Colin e a avenida Beira-Rio também tiveram pontos de inundação.
No Bucarein, na área central, carros não conseguiam passar pela Ponte do Trabalhador, uma importante ligação com a zona Sul, já que as vias do entorno como a São Paulo e Inácio Bastos ficaram alagadas. Ruas do bairro Anita Garibaldi também encheram, esse foi o caso da Ministro Calógeras e de laterais da rua Rio Grande do Sul.
Na zona Sul, vias como a Paulo Schoreder, no bairro Petrópolis, a rua Florianópolis, no Guanabara, e a Santa Catarina, no bairro Floresta, também foram afetadas. Segundo o coordenador da Defesa Civil em Joinville, Maikon Richter, houve alagamentos em diferentes regiões porque a chuva foi bem distribuída.
—Muita chuva concentrada em muito pouco tempo—, explica Maikon.
Apesar do transtorno, o coordenador da Defesa Civil informa que a previsão para está quarta-feira de Cinzas é apenas de chuva fraca. No entanto, ele reforça que é importante manter o alerta para ruas em que ocorreram quedas de muro e deslizamentos, como algumas vias do bairro Boa Vista, e em ruas como a Francisco José da Silva, no bairro Petrópolis, e na Eleotério Maia, no bairro Guanabara.
Como a chuva deve continuar, a técnica em meteorologia do Grupo RBS, Bianca Souza, alerta para o risco de escorregamento, que é um tipo de deslizamento de terra superficial, ocasionado pelo acúmulo de água no solo, registrado geralmente em terrenos sem construções, tendo como consequência o bloqueio de vias e acessos.