A última corrida do taxista Miguel Ramos Martins, 51 anos, teve desfecho trágico. Ele foi morto com 25 golpes de faca na madrugada de segunda-feira, em Araquari. O crime é tratado pela polícia como latrocínio – roubo seguido de morte. A suspeita é de que a vítima tenha sido esfaqueada por trás por alguém que pretendia roubá-la ou não pagar o custo da viagem entre Joinville e Araquari.
Amigos e parentes do taxista prestaram as últimas homenagens na tarde de segunda-feira, durante o enterro de Miguel no Cemitério Dona Francisca, em Joinville. Como o assassinato ocorreu em Araquari, o caso é conduzido pelo delegado Rodrigo Aquino Gomes, que não adiantou a linha de investigação. Miguel era solteiro, não tinha filhos e trabalhava de motorista para donos de táxis por não ter o próprio ponto.
O carro que ele conduzia foi encontrado na rua Pacífico Pereira, no bairro Itinga, em Araquari. Descobrir quem estava a bordo do veículo é peça-chave na investigação policial. A única certeza, por enquanto, é a de que Miguel iniciou a corrida ainda em Joinville, na Sociedade Vera Cruz, no bairro Floresta, e seguiu na direção de Araquari.
Outros taxistas disseram à polícia que um casal ou um homem e três mulheres teriam embarcado no carro, mas essas informações ainda dependem de confirmação. O ponto de táxi de Miguel fica na região central de Joinville, e ele buscou corridas em frente à casa noturna porque a movimentação ali era grande.
Foram policiais militares, em ronda de rotina, que localizaram o carro com a vítima dentro, já sem vida, perto da 1h de segunda-feira. Moradores disseram ter ouvido um barulho de freada perto desse horário.
Na Central de Rádiotáxi de Joinville, o sinal de GPS do carro de Miguel foi perdido antes do destino final, na rua Waldemiro Borges. Segundo o presidente da Cooperativa de Rádiotáxi, Lindolfo Trindade, o rastreamento foi interrompido porque o celular do taxista foi desligado.