Geólogo da Prefeitura, Normando Zitta, faz balanço das enxurradas registradas em 2011.
Os números revelam a proporção do problema: foram 120 mil pessoas afetadas, seis mil desalojadas, 182 desabrigadas, uma morte, 16 mil residências danificadas e 54 destruídas.
Passado um mês das enxurradas que assolaram Jaraguá do Sul e região, o geólogo da Prefeitura Normando Zitta revela que a conscientização da comunidade ajudou a salvar vidas. “Foram 1,5 mil milímetros de chuva em 45 dias. A média da nossa região, é de 1,8 mil milímetros ao ano, então choveu em 45 dias, praticamente, o esperado para um ano”, destaca. Segundo o especialista, as enxurradas de 2011 superaram inclusive os números de 2008, quando a cidade também foi atingida por enchentes. “Isso é muito mais chuva que em 2008, e os danos são três vezes maiores. Desta vez, a chuva veio mais forte e mais concentrada. A diferença é que em 2008 tivemos mortes, que desta vez, foram evitadas graças ao trabalho da Defesa Civil e à conscientização da população, que está com maior percepção em relação aos riscos”, acrescenta, lembrando que seriam necessários pelo menos cinco dias seguidos de sol para secar o solo, ainda encharcado e vulnerável.
O órgão trabalha ainda em estudos do solo, da dinâmica dos rios e no levantamento das novas áreas de risco. “Foram decretadas 54 áreas de risco, mas com as últimas chuvas este número já subiu para 97”, afirma. Entre os pontos mais críticos estão: Rio Molha, Boa Vista, Jaraguazinho, Tifa da Mosca, Águas Claras e Loteamento Hanemann.
O Correio do Povo