São Bento - A adoção do novo relógio de ponto eletrônico conforme portaria 1510/09 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é um assunto ainda em discussão. O início da vigência da norma é no dia 1º de março deste ano, porém o tema está em sistema de recursos e impasses em alguns casos.
O Grupo de Administradores de Recursos Humanos da Acisbs (Garh), esteve reunido na manhã de quinta-feira, 17, para relatar as experiências do uso em São Bento do Sul. Conforme os responsáveis, a maioria das empresas no município já adquiriu o equipamento e o sistema já está em prática. Em outros casos, na minoria, ainda esperam por uma solução do próprio Ministério.
Altos custos, baixa efetividade na redução de fraudes e impressão do comprovante são algumas questões levantadas pelas empresas. A lei decreta que toda a empresa com mais de dez funcionários precisa se adequar ao Sistema de Registro Eletrônico de Ponto (SREP). Quem não cumprir as exigências receberá multa administrativa de R$ 4.205, dobrada em casos de reincidência, oposição ou desacato.
Permanência no emprego
Outra questão discutida no encontro é a grande rotatividade no emprego, percebida nos últimos tempos. O fato não acontece só em São Bento, porém o grupo levantou o assunto, devido ao crescimento dos casos, principalmente na faixa etária de 18 a 25 anos.
Os responsáveis alegam a grande dificuldade de manter os colaboradores nas empresas. “Apesar do salário contar muito na questão de mudança de emprego, outros pontos devem ser trabalhados para mudar este cenário”, relatou o Coordenador do Garh Vanclei Batista.
Segundo ele, muitos profissionais estão retornando para o município, e não optando mais em trabalhar fora da cidade, devido a locomoção. Mas a busca de talentos é o principal fator de estudo. Vanclei informou que o grupo está preparando trazer para São Bento um especialista no assunto, para estudar uma forma de melhorar a questão.
Além disso, o Garh irá realizar um estudo nas empresas, levantando indicadores sobre o que realmente chama a atenção de um profissional na mudança de um emprego. Benefícios, salário, capacitações, participação nos resultados e possibilidade de crescimento foram alguns pontos levantados. Nos próximos meses, a pesquisa será mais uma forma na busca de reverter o cenário na cidade.