A diarista Rozevelde Silva, 55 anos, persistiu e conseguiu. No terceiro dia de protesto, desta vez acorrentada às grades em frente à Prefeitura de Joinville, ela chamau a atenção das autoridades.
À espera de uma cirurgia no Hospital Municipal São José para a colocação de uma prótese no quadril há dois anos, Rozevelde não viu outra alternativa senão protestar para ser atendida. A mudança de cenário, já que nos outros dois dias Rozevelde se acorrentou ao portão do hospital, surtiu efeito.
Após ver a mulher no início da manhã desta terça, Udo Döhler convocou uma reunião de emergência com o secretário de Saúde, Armando Dias Pereira Junior, e com o diretor do São José, Marcos Krelling, para avaliar o caso.
Durante a análise dos documentos da paciente, chegou-se a conclusão que ela deveria ser operada, já que estava com o pré-operatório concluído quando o médico que tratava do caso pediu exoneração, junto com outros 15 profissionais, em setembro deste ano.
— A cirurgia já estava encaminhada, foi interrompida por um acidente de percurso, porque o médico pediu exoneração. Isso fez com que nós determinássemos que o São José faça a cirurgia, sem desrespeitar nenhuma fila — afirma o prefeito.
Vale lembrar que, na sexta-feira, Rozevelde foi atendida por uma equipe do São José, que constatou que o caso dela era eletivo, quando não envolve urgência e emergência. Ela deveria esperar até que novos ortopedistas fossem contratados, já que o São José está atuando com a metade dos médicos que dispunha desde que houve a exoneração em massa.
A notícia de que fará a cirurgia trouxe alívio e esperança para a diarista.
— Agora, já estou começando a me sentir gente de novo. A sentir Rozevelde, que sempre andou e trabalhou — disse, emocionada.