13/02/11 DOM: ECLO 15,15-20 - SL 118 - 1COR 2,6-10

EVANGELHO: "Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. Eu vos digo: Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: 'Não matarás'! Quem matar será condenado pelo tribunal. Eu, porém, vos digo: Todo aquele se encoleriza com seu irmão será réu em juízo. Ouvistes o que foi dito: 'Não cometerás adultério'. Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. Vós ouvistes também o que foi dito aos antigos: 'Não jurarás falso', mas 'cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor'. Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum. Seja o vosso 'sim': 'Sim', e o vosso 'não': 'Não'. Tudo o que for além disso vem do Maligno" (Mt 5,17-37).

As palavras mais importantes deste evangelho são: "Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento" (Mt 5,17). A Lei e os Profetas são coisas boas. A Lei, de fato, manda fazer o que faz a vida crescer e proíbe o que faz a vida diminuir. Os Profetas remetem a ela denunciando suas transgressões e prometendo um coração novo e um Espírito novo; só um coração novo, dado por um Espírito novo, pode fazer a pessoa caminhar pelo caminho de Deus.

Paulo teve como núcleo de sua pregação esta tese: 'A Lei não salva ninguém'. O ser humano, depois do pecado, considera o bem, mal, e o mal, bem. Quando se dá conta disso, já errou, e, procurando justificar-se, no sentido de tornar-se justo, erra mais ainda. A transgressão se torna um hábito, uma espécie de imperativo, uma coação a fazer o que é proibido e a não fazer e não querer fazer o que é ordenado. É a escravidão do vício; vício é um hábito. A gente pode perceber o vício, mas tem dificuldade de reconhecê-lo e mais ainda de admiti-lo. Como, porém, seria importante admiti-lo, para começar a vencê-lo. O primeiro dos famosos 'Doze Passos' dos 'alcoólicos', dos 'neuróticos', dos 'dependentes' anônimos começa pela admissão da própria escravidão: "Reconheço que sou um alcoólico, ou neurítico, ou dependente anônimo" (1º Passo)!

A Lei, com as suas proibições e mandamentos, paradoxalmente, faz com que o pecado mostre sua potencialidade negativa. A Lei é boa, ninguém diz que não, mas é "para as transgressões", diz Paulo (Gl 3,19). Sem lei, não há crime. Se a lei não condena determinado ato, não há crime. Pior ainda: ela serve, em última analise, para estimular o apetite do pecado e fazer sair o veneno que existe em nós. É como se disséssemos: "Se é proibido, é bom... Deve ser bom, senão não seria proibido... A lei é um estraga prazer..."! Jesus não para na lei. Ele vai além da lei. A Lei sempre será boa e vivê-la será melhor ainda. E viver conforme o exemplo e os ensinamentos de Jesus é buscar a perfeição da Lei, o Amor!

14/02/11 - Seg: Gn 4,1-15.25 - Sl 49 - Mc 8,11-13

15/02/11 - Ter: Gn 6,5-8;7,1-5.10 - Sl 28 - Mc 8,14-21

16/02/11 - Qua: Gn 8,6-13.20-22 - Sl 115 - Mc 8,22-26

17/02/11 - Qui: Gn 9,1-13 - Sl 101 - Mc 8,27-33

18/02/11 - Sex: Gn 11,1-9 - Sl 32 - Mc 8,34-9,1

19/02/11 - Sáb: Hb 11,1-7 - Sl 144 - Mc 9,2-13