Reajuste dos Servidores: Não existe projeção de melhora diz Secretário

São Bento - Na manhã desta quarta-feira, 17, a administração municipal atendeu a solicitação do pedido de audiência realizado já na semana passada, pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Bento do Sul, logo após a paralisação. A reunião aconteceu entre a diretoria do Sindicato, servidores públicos da Comissão de Negociação, o prefeito Fernando Tureck e Secretários Municipais.

Não houve nenhuma nova proposta pelo executivo municipal, que manteve a proposta de 1,21% de reajuste apenas para o mês de setembro. Segundo a administração, apesar de algumas atitudes tomadas para economizar, não houve a possibilidade de um reajuste maior.

Mesmo após paralisação, prefeitura não fez nova proposta (Foto Eduardo Wielewski/Divulgação)

Questionado pelo sindicato, quanto a situação dos aposentados, o presidente do Ipresbs Paulo Scheide disse que não é possível reajustar somente os inativos por força de lei.

Para o Secretário de Finanças, Paulo Tem Pass, se a prefeitura reajustasse em 8% seria necessário um orçamento de 202 milhões. “Hoje temos um orçamento estimado em 189 milhões, e a tendência é ainda cair. Não adiantaria, nem se a gente cortar todos os comissionados, se o Ipresbs caísse 4 ou 5 milhões, não faria nem diferença”, disse.

O Secretário de Administração foi ainda mais pessimista. “Não podemos dar mais que 1,21% e nem fazer promessas, precisamos analisar mês a mês. E infelizmente não existe projeção de melhora”, defende.

Ainda durante a reunião a presidente do Sindicato, Adriana Zanella, solicitou formalmente para que as horas paralisadas durante a manifestação do dia 5 não fossem descontadas. “Acreditamos que a mobilização faz parte desse processo de negociação”, disse a presidente. Contudo o prefeito não foi solidário aos servidores e garantiu que será sim descontado de todos que participaram do ato democrático.

O sindicato traça ainda nessa semana a estratégia e os próximos passos. A convocação de uma assembléia para discutir o Estado de Greve deve ser definida, ainda nesta quinta-feira. Ainda na tarde de ontem, o assessor jurídico da entidade iniciou processo de mandato de segurança para que não sejam descontadas as horas do salário dos servidores que aderiram a paralisação. “Esperamos que o juiz defina antes que seja rodada a folha de pagamento deste mês”, disse o advogado Osni Suominsky.