Brasília/DF - "Estamos começando a viver o refluxo das decisões erráticas tomadas pelo governo anterior", comentou a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) ao criticar as manobras contábeis que teriam sido feitas no ano passado, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, para que o país pudesse registrar superávit. Ela opinou que, devido ao ano eleitoral, a propaganda governamental transformou o Brasil em uma ilha da fantasia enquanto se promovia um afrouxamento radical do controle fiscal.
O resultado, explicou a senadora, é que neste momento de adversidade no cenário internacional, os problemas internos brasileiros começam a se avolumar. Marisa Serrano expressou sua preocupação com o crescimento do déficit comercial, o aumento dos índices inflacionários, a subida no custo de vida e a perda de poder aquisitivo dos salários dos trabalhadores.
- Os juros sobem e a inadimplência ganha espaços inéditos. Houve uma procura grande por crédito até o ano passado, agora a população está sem recursos suficientes para honrar os compromissos assumidos. Para completar, o governo anunciou um corte orçamentário de R$ 50 bilhões. Só que durante a campanha a candidata Dilma Rousseff disse que não haveria necessidade nenhuma de ajuste fiscal - afirmou Marisa Serrano.
A senadora também cobrou do governo explicações a respeito de temas que tem ocupado a imprensa nas últimas semanas. O apagão que atingiu o Nordeste e, posteriormente, São Paulo, é um caso que precisa ser esclarecido, na avaliação de Marisa Serrano. Da mesma forma, declarou que o governo precisa se pronunciar a respeito do socorro financeiro ao Banco Panamericano. Por fim, ela antecipou que votará pelo salário mínimo de R$ 600,00, proposta de campanha do candidato do PSDB, José Serra.