O comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Newton Ramlow, fará uma reunião de planejamento ainda na manhã desta segunda no Batalhão da PM. O objetivo é estudar os possíveis locais para onde os 28 foragidos foram. Com base no levantamento, os setores de inteligência de cada região serão informados. Em seguida, a PM deve sair novamente às ruas.
Essa foi a maior fuga da história de Santa Catarina. Setenta e nove presos fugiram no início da noite de segunda-feira do Complexo Penitenciário de Florianópolis, no bairro Agronômica. O recorde anterior era de 48 presos.
A fuga ocorreu na Central de Triagem, inaugurada no fim de dezembro do ano passado. Os detentos teriam rendido um agente prisional com um espeto e fugido pelos fundos da ala.
Na época da inauguração, agentes prisionais chegaram a reclamar que as celas não seriam seguras. O então secretário de Segurança Pública, André Mendes da Silveira, disse que não havia motivos para preocupação.
Recapturados até o início da madrugada
Logo após a fuga dezenas de viaturas e policiais foram para o local. Até as 02h06min desta terça-feira, quarenta e seis haviam sido recapturados. Com eles foram apreendidas três armas calibre 12 — com bala de borracha — uma calibre 38 e três granadas de luz e som.
Um comboio de 10 viaturas levou os detentos de volta para a penitenciária. A maioria foi apreendida no Morro do Horácio, que fica nos arredores do complexo.
Fuga planejada
Segundo o coronel Newton Ramlow a fuga não foi planejada com antecedência:
— Pelo que apuramos até agora, eles se aproveitaram de uma desatenção do agente penitenciário e fugiram. Poderiam ter escapado mais de cem.