por Moacir Pereira(DC)
Florianópolis - Se o governo do Estado fizesse uma pesquisa junto à população catarinense o que sabe sobre a Agesc-Agência Reguladora de Serviços Públicos- teria uma resposta surpreendente. Praticamente ninguém sabe o que faz, onde e como funciona este órgão público estadual. Criada no primeiro mandato de Luiz Henrique, em 2005, foi apontada como a agência que iria fiscalizar com rigor para atender as freqüentes reclamações dos usuários da Casan, dos consumidores da Celesc e de todas as empresas que tem alguma participação acionária do Estado. Já são mais de cinco anos e muito pouco se tem dito sobre ações concretas da Agesc. Foi presidida pelo ex-deputado Sérgio Grando, do PPS, e, segundo o site do governo, tem hoje no comando Francisco Cardoso de Camargo Filho. Mas, no site oficial da agência, apenas a estrutura, sem dados sobre a Diretoria, como ocorre em relação a outras empresas e autarquias estaduais.
Oportuna, por isso mesmo, a decisão do governador Raimundo Colombo de iniciar hoje uma série de reuniões com todos os dirigentes e representantes dos servidores das autarquias, fundações e empresas de economia mista. A Agesc é a segunda da série.
A lista oficial destes órgãos já assusta. São ao todo 29, o que já representa uma superestrutura fora da administração direta, algumas com total autonomia de vôo.
Segundo o secretário de Planejamento, Felipe Melo, que organizou e vai coordenar estes eventos na Casa da Agronômica, a partir desta segunda-feira, os diretores e grupos de colaboradores deverão indicar qual a importância da repartição para o governo e para a população, quais os projetos definidos para 2011, as atividades que estão paralisadas, as razões da paralisação e o que tem sido feito para que cumpra seus objetivos.
A rodada de hoje terá a Udesc, a Agesc e a SC-Gás. Estas reuniões terminarão no dia 27 de fevereiro. Já imaginaram o impacto que estes encontros teriam se fossem transmitidos ao vivo pela TV?