Projeto deve contemplar os proprietários que vivem às margens do rio Vermelho (Foto Elvis Lozeiko/Evolução)
Valor máximo do pagamento será de 122,5 UFMs por hectare de APP preservado
São Bento - Os moradores que vivem às margens do rio Vermelho, em São Bento do Sul, serão pagos para preservarem o manancial que abastece o município. Isso será possível graças à lei de número 2677, aprovada no final de 2010, instituindo a "Política Municipal dos Serviços Ambientais". Através dela, os moradores serão beneficiados através do PSA - Pagamento por Serviços Am-bientais. Falta apenas a regulamentação da lei para que os primeiros pagamentos sejam feitos. O crescimento das demandas de utilização dos recursos naturais vem causando diferentes tipos de impactos e danos ao meio ambiente. "Uma forma de melhorar as áreas degradadas e garantir a manutenção do ecossistema foi o desenvolvimento de PSA", acredita o diretor de Meio Ambiente de São Bento do Sul, Marcelo Hübel. O projeto é direcionado à necessidade de manutenção e garantia de fornecimento de água e visa a recuperação de áreas degradadas. "Devemos priorizar um equilíbrio ecossistêmico e com isso elaboramos um programa específico para, num conjunto de ações, conseguirmos proteger o manancial de água que abastece São Bento do Sul", reforça o diretor. A lei apresenta abrangência para diferentes atribuições.
VARIAÇÕES
O valor máximo já previsto em lei é de 122,5 UFM (Unidade Fiscal do Município), que será pago por hectare de APP preservado às margens do rio. Uma UFM equivale a R$ 2,71 e apresenta variações mensais, garantindo a atualização de valores. O PSA deve contemplar todos os proprietários que apresentam áreas em parte da Bacia Rio Vermelho inseridos na Área de Proteção Ambiental (APA) Rio Vermelho/Humbold, correspondendo especificamente ao rio Vermelho, do ponto de captação de água do município de São Bento do Sul até a divisa com o Município de Campo Alegre.
Projeto deve contemplar os proprietários que vivem às margens do rio Vermelho (Foto Elvis Lozeiko/Evolução)