30/01/11 DOM: SF 2,3; 3,12-13 - SL 146 - 1COR 1,26-31

EVANGELHO: Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los: "Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados sois vos, quando vos injuriarem e perseguirem, e disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus" (Mt 5,1-12a).

Jesus, como Moisés, sobe a montanha e, sentado, como mestre, comunica a 'Nova Lei' aos discípulos missionários, semente do povo de Deus que ele veio renovar. Alguns estudiosos dizem que o Sermão da Montanha é uma catequese batismal. Na Igreja Antiga, Mateus era considerado o 'Evangelho do Catequista'. Aqui, temos a 'Regra de Vida' dos filhos e filhas que renasceram no Filho, pela fé e pelo batismo.

Não se trata de uma nova lei, mais impraticável que a antiga. Trata-se de um coração novo, aquele prometido pelos profetas. O que Jesus afirma aqui é o que ele vive em todo tempo e lugar, e comunica a todos os que dispõem a segui-lo na condição de discípulo missionário. As palavras de Jesus não são leis, que julgam, condenam e matam, mas Evangelho. Não são exigências tanto mais elevadas quanto mais impossíveis, mas dom do seu próprio Espírito, que, transformando nosso coração, nos torna filhos e irmãos.

Jesus não só diz; ele faz o que diz. Mais ainda. Ele nos dá o que nos diz. Na verdade, Mt 4,23 e Mt 9,35 formam uma grande inclusão. Na prática, isso significa que o Sermão da Montanha e a narração dos nove milagres e um exorcismo formam uma unidade. A palavra dos capítulos 5-7 têm o poder de renovar-nos, como mostram plasticamente os capítulos 8-9: purifica a nossa vida (Mt 8,23-27), dá-nos a fé (Mt 8,5-13), torna-nos capazes de servir (Mt 8,14-15), liberta-nos do medo (Mt 8,23-27), do mal (Mt 8,16-17.28-34), do pecado (Mt 9,1-8), da doença e da morte (Mt 9,18-26), torna-nos capazes de ver (Mt 9,27-31) e de anunciar o Reino de Deus (Mt 9,32-34).

Só para os discípulos missionários? Para estes em primeiro lugar (Mt 5,1d); mas para as multidões, ou seja, para todos (Mt 5,1a) também. É para todo ser humano que procura a verdade do seu ser e a autenticidade da sua existência. O discípulo missionário não é senão a cifra do homem verdadeiro.

31/01/11 - Seg: Hb 11,32-40 - Sl 31 - Mc 5,1-20

01/02/11 - Ter: Hb 12,1-4 - Sl 22 - Mc 5,21-43

02/02/11 - Qua: Ml 3,1-4; Hb 2,14-18 - Sl 24 -   Lc 2,22-40

03/02/11 - Qui: Hb 12,18-24 - Sl 84 - Mc 6,7-13

04/02/11 - Sex: Hb 13,1-8 - Sl 27 - Mc 6,14-29

05/02/11 - Sáb: Hb 13,15-21 - Sl 23 - Mc 6,30-34