Em São Bento do Sul são gerados 476 gramas por habitante/dia
São Bento - No Brasil, são coletadas 125.281 toneladas de lixo domiciliar por dia, conforme fonte do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que corresponde a média de 739 gramas por habitante. Em São Bento do Sul, são gerados 1.072,25 toneladas por mês - para uma população de 75.047, corresponde a uma produção de 476 gramas por habitante/dia. "Estamos abaixo da média nacional e no índice mais baixo para cidades com menos de duzentos mil habitantes, devido às características do município, considerando a coleta seletiva e a compostagem nas residências", informa o diretor de Meio Ambiente, Marcelo Hübel.
Uma pesquisa feita recentemente pelos estudantes Andreas Auburger e Jean Fábio Bianconcine, com orientador da Univille, demonstraram o destino do material reciclável apresenta diferentes disposições finais, embora a grande parte da população destine para a reciclagem ou outro aproveitamento. Das questões direcionadas foi observado que 73,7% das pessoas apresentam alguma forma de separação enquanto 24,2% não separam e 2,1% não souberam responder; no entanto observa-se que não existe periodicidade semanal.
FORTALECIMENTO
Toda coleta seletiva do município vai para a cooperativa, com um custo absorvido pela prefeitura de R$ 11 mil por mês. "É uma das ajudas que a prefeitura oferece para fortalecer a cooperativa", diz o diretor Meio Ambiente. Parte do material é vendida em São Bento do Sul, pelas empresas que somam maiores volumes para encaminhamento para um comprador final, mas o resíduo também segue diretamente para cidades vizinhas sem atravessadores. A cooperativa de catadores tem galpão, esteira, prensa, balança e caminhão - conseguindo um material de melhor qualidade e com possibilidade de entrega.
Em poucos meses será concluída uma unidade industrial que deve absorver todo o papelão recolhido em São Bento do Sul e região. A pesquisa revela que, além do material reciclável, 71,9% da população separam o resíduo orgânico e disponibilizam para aproveitamento no quintal da casa. Estes valores, somados à coleta seletiva, demonstram porque São Bento do Sul apresenta baixa proporção de lixo per capita.
METADE
"Mas, independente da pesquisa, aceitamos que periodicamente apenas a metade da cidade contribui efetivamente para a coleta seletiva. Podemos melhorar e chegar a reciclar todo o material. O ideal é diminuirmos o uso do aterro e até zerar o envio de materiais, mas é um trabalho de conscientização e de projetos que são conquistados gradativamente e não são resolvidos da noite para o dia. É fato que estamos melhor que muitas cidades do Brasil, que sequer apresentam a coleta seletiva ou até mesmo um aterro controlado", fala Marcelo Hübel.