SAÚDE: 31 de janeiro é Dia de Combate a Hanseníase

Joinville - Manchas e caroços pelo corpo, queda de pelos (inclusive nas sobrancelhas),
úlceras de pernas e pés, e perda ou ausência de sensibilidade são alguns
dos sintomas da hanseníase, doença que tem o dia 31 de janeiro como dia de
combate. A data necessita de uma reflexão já que o Brasil é o segundo país
com mais casos da doença no mundo. Cerca de 47.000 casos novos são
detectados todo ano, sendo 8% deles em menores de 15 anos.

Santa Catarina é um dos poucos estados brasileiros que possuem a doença
controlada, o que significa menos de 1 caso para cada 10.000 habitantes.
Com uma população acima de 500 mil habitantes, Joinville diagnosticou 31
casos da doença em 2010. Conforme a coordenadora da Unidade Sanitária
Cristina, "atualmente são atendidos 32 casos ativos e em média 50 casos
que já tiveram alta, mas que contam com o apoio do serviço para as
intercorrências".

Uma das formas de contágio é o bacilo que o doente elimina pela
respiração. "A transmissão acontece pelas vias respiratórias. O ambiente
do domicílio é um importante espaço de transmissão da doença", aponta
Cristina. O período de incubação, detalha a coordenadora, varia de dois a
sete anos.

A hanseníase tem cura. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a
duração do tratamento, que é gratuito, varia de acordo com a forma da
doença. Para as formas brandas da doença são necessário seis meses e já
para as formas contagiantes o período é de um ano. O diagnóstico precoce é
o modo de prevenir os agravos da doença e, então, evitar as deformidades
oriundas da falta de tratamento.

O início das atividades que marcam a data começaram nesta sexta-feira (28)
com uma teleconferência sobre "Hanseníase e Preconceito", às 15h, no
Auditória da Vigilância em Saúde, na rua Itajaí, Centro.