A taxa de desemprego no País recuou para 5,3% em dezembro, ante variação de 5,7% em novembro. Com isso, o índice renovou o recorde de baixa e se mantém no menor patamar da série histórica iniciada em março de 2002, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com uma taxa de desemprego na faixa entre 5% e 6%, o País confirma o cenário de pleno emprego projetado em meados de 2010 por economistas especializados na área. Isso não significa o fim do desemprego, mas indica que o trabalhador leva em média entre 30 e 60 dias para encontrar um novo emprego.
O contingente de desocupados em dezembro de 2010 (1,3 milhão de pessoas) teve quedas tanto em relação a novembro (-8,0%) quanto a dezembro de 2009 (-21,4%). No ano de 2010, os desocupados somaram, em média, 1,6 milhão de pessoas, 15% a menos que em 2009 e 39% a menos que em 2003.
A população ocupada em dezembro de 2010 (22,5 milhões de pessoas) não variou na comparação mensal e cresceu 2,9% no confronto com dezembro de 2009. Na média de 2010, os ocupados somaram 22,0 milhões de pessoas, um contingente 3,5% maior que o de 2009 e 18,9% superior a 2003.
O total de trabalhadores com carteira assinada no setor privado em dezembro de 2010 (10,5 milhões) ficou estável em relação a novembro e cresceu 8,1% frente a dezembro de 2009. Esses resultados levaram, na média de 2010, a um recorde na proporção de trabalhadores com carteira (10,2 milhões de pessoas) em relação ao total de ocupados: 46,3%, frente a 44,7% em 2009 e 39,7% em 2003.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores em dezembro de 2010 (R$ 1.515,10) apresentou recuo de 0,7% na comparação mensal e aumentou 5,9% frente a dezembro de 2009. O ano de 2010 apresentou a maior média do rendimento médio mensal habitual desde 2003, R$ 1.490,61, o que representou um ganho de 3,8% em relação a 2009 e de 19% em relação a 2003.